Médico ortopedista pediátrico no Hospital Ortopédico AACD e no Hospital Israelita Albert Einstein, com mais de 14 anos d...
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O raquitismo é uma doença que atinge apenas crianças e adolescentes, afetando a placa de crescimento dos ossos, que só existe nessa faixa-etária, com o corpo em desenvolvimento. Há uma confusão com a osteomalácia, doença que também provoca problemas nos ossos, mas em partes diferentes: a cortical e a trabecular, que existem em qualquer idade.
Sintomas do raquitismo
A confusão entre essas duas doenças é comum porque elas apresentam os mesmos sintomas, que incluem:
- Dor nos ossos: a pessoa pode relutar em andar, começar a mancar ou, então, se cansar facilmente;
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Deformidades esqueléticas: em alguns casos, ocorre o alargamento de tornozelos, punhos e joelhos, o arqueamento das pernas, o amolecimento dos ossos do crânio e, raramente, o desvio da da coluna vertebral;
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Problemas dentários: também pode haver o enfraquecimento do esmalte dos dentes, atraso na dentição e o aumento do risco de cáries;
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Crescimento e desenvolvimento deficientes: o esqueleto muitas vezes não cresce e se desenvolve inadequadamente, fazendo com que a criança fique menor que a média;
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Ossos frágeis: em casos graves, os ossos tornam-se mais fracos e propensos a fraturas.
“Algumas crianças com raquitismo ainda podem apresentar baixos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia), o que aumenta os sintomas já mencionados e provoca cãibras musculares, espasmos, convulsões e formigamento nas mãos e nos pés”, completa o ortopedista pediátrico Rafael Yoshida, do Hospital Ortopédico AACD.
Como prevenir o raquitismo?
O raquitismo surge como consequência da deficiência de vitamina D ou cálcio, por problema genético, por outra condição de saúde que dificulte o metabolismo desses dois nutrientes e por carência nutricional grave.
Para prevenir a doença e manter os níveis adequados de vitamina D, é recomendado que as crianças tomem cerca de 30 minutos de sol por semana (algo entre seis a oito minutos por dia, três vezes por semana) se elas estiverem apenas de fralda. Usando roupas, o tempo aumenta para duas horas semanais (cerca de 17 minutos por dia).
Já quando o assunto é cálcio, o melhor é focar em mudanças na dieta quando a criança sair do aleitamento materno exclusivo, priorizando vegetais verde-escuros, leite e seus derivados e conservas de peixe inteiro, como a sardinha.
O ortopedista Rafael Yoshida reforça por fim a importância de fazer um acompanhamento regular com o pediatra. Dessa forma, caso haja alguma alteração, ele pode explicar como aumentar as taxas dos nutrientes, recomendando, inclusive, a suplementação antes mesmo do surgimento de um quadro de raquitismo.