Médico ortopedista pediátrico no Hospital Ortopédico AACD e no Hospital Israelita Albert Einstein, com mais de 14 anos d...
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O raquitismo é uma doença que afeta os ossos de crianças e adolescentes devido à falta de nutrientes no organismo. Ele tem cura e é tratado a partir da adoção de um estilo de vida saudável e da suplementação de vitamina D, fósforo ou cálcio.
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O grande problema é que, em alguns casos, podem haver sequelas, que podem incluir deformidades ósseas na coluna, nas pernas e nos pulsos.
Conforme explica o ortopedista pediátrico Rafael Yoshida, do Hospital Ortopédico AACD, as alterações ósseas tendem a ter a sua progressão diminuída com o tratamento do raquitismo, mas as deformidades residuais precisam de cuidados especiais para serem revertidas.
Tratamento das sequelas
De acordo com o médico, as recomendações variam de acordo com a idade da pessoa e com o local que foi deformado. Por isso, o ideal é consultar um médico, de preferência um ortopedista pediátrico, antes de adotar qualquer medida.
Em crianças, é possível fazer as correções com gessos ou órteses, que servem para imobilizar o osso e para estimular a correção natural sem procedimentos cirúrgicos.
Contudo, nos casos mais graves, pode ser necessário fazer cirurgias para bloquear o crescimento ósseo e corrigir possíveis desalinhamentos ou, então, cortar partes dos ossos para ajustar a sua curvatura.
Como o organismo dos adolescentes é mais desenvolvido, geralmente não dá para escapar dos procedimentos cirúrgicos para corrigir as deformidades ósseas. “Todo o planejamento pré-operatório deve ser cuidadoso e explicado para os responsáveis”, alerta o especialista. Assim, caso surja alguma dúvida, não hesite em perguntar durante a consulta.
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O raquitismo pode voltar?
Outro fator que não deve ser deixado de lado é a possibilidade de reincidência do raquitismo. Para evitar que isso aconteça, a principal recomendação do ortopedista Rafael Yoshida é fazer exames e consultas regulares com o pediatra.
No primeiro ano de vida, o bebê deve ir ao médico mensalmente, após os dois anos, trimestralmente, entre os três e seis, semestralmente e, a partir dos sete, anualmente.
Assim, os pais poderão receber orientações para a prevenção da doença, que incluem a manutenção de uma dieta equilibrada e a exposição solar por cerca de 30 minutos por semana, quando a criança tem mais de seis meses, para aumentar a síntese de vitamina D.
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Além disso, com consultas regulares, ainda aumentam-se as chances de diagnóstico precoce - o que é fundamental para a recuperação rápida e para a prevenção de sequelas.