Médico cirurgião plástico formado pela conceituada escola da UFRJ, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plást...
iO Brazilian Butt Lift é uma referência da técnica de cirurgia plástica que utiliza o enxerto de gordura para proporcionar aspecto mais volumoso e firme na região do bumbum. O termo, que significa “levantamento de bumbum brasileiro”, não foi inventado no Brasil, mas remete às questões genéticas da mulher brasileira que proporciona glúteos empinados e volumosos.
A perda de gordura na região dos glúteos pode estar relacionada com dieta irregular, oscilação de peso, sedentarismo e tabagismo. Por isso, a técnica pode ser indicada a quem deseja melhorar o aspecto da região.
Para entender melhor, a gordura é retirada da própria pessoa depois de uma lipoaspiração em outra área do corpo e é devidamente processada e preparada para o enxerto na região dos glúteos. O procedimento é feito por meio de injeções.
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Tecnologia a favor do procedimento
Para melhor planejamento e total segurança do procedimento e visando o resultado efetivo, a técnica deve ter como aliado o ultrassom portátil, exame de imagem intra-operatório. O procedimento que teve destaque no Meeting Internacional de Cirurgia Plástica, promovido pela American Plastic of Surgery (ASPS), em 2022, nos Estados Unidos, segue a tendência de procedimentos cada vez mais precisos e menos invasivos com o auxílio de aparelhos de tecnologia médica. O ultrassom portátil permite definir com precisão onde o enxerto de gordura (ou lipoenxertia) deve ser injetado, auxiliando o cirurgião plástico durante o procedimento.
A recomendação é que as células que armazenam gordura (adipócitos) sejam enxertadas sem muita pressão de sucção e manipulação, o que exige planejamento cuidadoso dos níveis de injeção, bem como da ação na área dos glúteos. Por isso, o ultrassom conjugado ao enxerto é um método seguro e que oferece pouca ou nenhuma absorção na medida. A inserção da gordura na região glútea pode ser subcutânea.
Nesse contexto, o grande diferencial se deve ao ultrassom ser preciso, constatando em tempo real a distribuição exata do enxerto de gordura. Com esse cuidado primoroso, podem ser evitadas lesões em vasos sanguíneos adjacentes e em tecidos pouco manipulados, além da visualização de grandes vasos, nervos, tendões e ligamentos, até hérnias na parede abdominal. Sendo assim, diminui-se o risco de complicações graves por traumatismos, como embolia gordurosa e insuficiência respiratória.
É válido ressaltar a importância de o médico ter habilidade na técnica de enxerto de gordura, sem colocar volume exagerado e inadequado, além de respeitar os limites de qualquer procedimento cirúrgico que, obrigatoriamente, deve ser realizado em ambiente hospitalar, com todos os requisitos necessários.
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