Pós graduada em endocrinologia e metabologia pela faculdade IPEMED de Ciências Médicas. Pós graduada em neurologia - IBC...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
A tireoide é uma pequena glândula localizada na região do pescoço que tem papel importante no processo metabólico do corpo. É a partir dela que hormônios como T3 (trioiodotironina) e T4 (tiroxina) são produzidos, permitindo o funcionamento correto do organismo.
Quando a glândula não está funcionando corretamente, produzindo mais ou menos hormônios, pode ser um sinal de algum problema de saúde. Por isso, monitorar o funcionamento da tireoide é essencial para manter a saúde em dia e evitar maiores complicações.
Conheça 7 exames para identificar problemas de tireoide, em quais casos são solicitados e como são feitos.
1. Dosagem de TSH, T3 e T4 livre
A dosagem de TSH, T3 e T4 livre, parte dos exames laboratoriais para tireoide mais frequentes, é solicitada para avaliar o funcionamento e a quantidade de hormônios produzidos pela glândula, como explica a endocrinologista Sofia Pereira, do Instituto Nutrindo Ideais.
“O TSH (hormônio estimulador da tireoide) é o principal indicador do funcionamento da glândula. Níveis alterados podem indicar hipotireoidismo (TSH elevado) ou hipertireoidismo (TSH reduzido)”, informa.
Segundo a profissional, a periodicidade desse exame costuma variar para cada caso. “Para pacientes em tratamento para doenças da tireoide, o acompanhamento é mais frequente e geralmente é realizado a cada 3 a 6 meses para ajustar a dosagem dos medicamentos”, afirma.
2. Dosagem de anticorpos da tireoide
A dosagem de anticorpos é feita quando há suspeita de doenças autoimunes que atacam a tireoide, como tireoidite de Hashimoto e doença de Graves. Podem ser realizadas as seguintes análises:
- Dosagem de anticorpo antiperoxidase (anti-TPO): seu valor de referência é menor que 35,0 UI/mL
- Dosagem de anticorpo anti-tireoglobulina (anti-Tg): valor de referência é menor que 100 U/ml
- Dosagem de anti-receptor de TSH (anti-TRAB): o valor de referência é até 9,0 U/L
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3. Ultrassonografia da tireoide
De acordo com Sofia Pereira, a ultrassonografia da tireoide permite avaliar a estrutura da glândula. O exame de imagem analisa a presença de cistos, nódulos, tumores e inflamações. “Geralmente, pode ser recomendado repetir o exame após 6 a 12 meses para monitorar o crescimento ou a estabilidade do nódulo”.
4. Cintilografia da tireoide
Na cintilografia da tireoide, uma pequena quantidade de iodo radioativo é ingerida ou injetada na veia do paciente. Um aparelho é utilizado para captar as imagens que detectam a absorção do iodo pela tireoide. Se for necessário, o teste pode ser feito em duas etapas.
Nesses casos, o paciente deve retornar ao laboratório 24 horas depois da primeira bateria de exames para captar novas imagens. “É útil para diferenciar nódulos benignos de malignos e para detectar a presença de hipertireoidismo”, elucida a especialista.
5. Tomografia e ressonância magnética da tireoide
A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são parte dos exames de imagens mais recorrentes para a avaliação. “Eles podem ser solicitados para avaliar detalhes da glândula tireoide ou detectar possíveis invasões de tumores”, conta Sofia.
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6. Biópsia por Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAAF)
O exame de PAAF da tireoide tem como objetivo avaliar a presença de nódulos ou lesões. Uma agulha é introduzida na glândula para retirar uma pequena amostra de líquido ou tecido, que será analisada e indicará se o nódulo é benigno ou maligno.
7. Exame clínico
O exame clínico da tireoide, que pode ser realizado durante a consulta, é um passo importante para um primeiro diagnóstico. “Ele deve ser realizado anualmente ou conforme a orientação do médico, especialmente se houver sintomas ou histórico familiar de problemas na tireoide”, orienta Pereira.