É nutricionista da equipe Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), clínica multidisciplinar de saúde. É formada pela Universid...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O que é a colina?
A colina é um nutriente que promove o bom funcionamento da função cerebral, ajudando na cognição e na aprendizagem. Ela impulsiona a produção de acetilcolina, neurotransmissor que promove o bom funcionamento do sistema nervoso. Na gestação, a colina auxilia na formação do cérebro e da medula espinhal do feto.
O nutriente é produzido em pequenas quantidades pelo organismo, mas também pode ser encontrado em alimentos, como o ovo, ou em forma de suplemento. Além disso, a colina possui a função de auxiliar no funcionamento do fígado e de desintoxicar o organismo.
Onde encontrar colina?
De acordo com Karinee Abrahim, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais, alguns dos alimentos que possuem colina são:
- Gema de ovo
- Leite, iogurte e queijo
- Carnes magras, como frango, peru, carne bovina e carne de porco
- Peixes, como salmão, atum e camarão
- Legumes, como feijão, lentilhas e ervilhas
- Amendoim, castanhas e sementes de girassol
- Vegetais, como brócolis, couve de Bruxelas e espinafre
- Cereais e grãos integrais
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Para que serve a colina?
A suplementação de colina pode trazer benefícios, como:
- Ajuda na formação cerebral de bebês: a suplementação de colina pode ser benéfica durante a gestação, auxiliando na formação do tubo neural, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal, evitando más formações
- Melhora a cognição: um estudo realizado pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, indicou que a suplementação durante a gravidez pode ajudar no desempenho cognitivo da criança até a fase escolar
- Aumenta o foco: durante um estudo, publicado pela Nature, voluntários adultos realizaram tarefas de concentração, no estilo “clicar e apontar”, após consumirem suplementos de colina. Os resultados demonstraram uma melhor precisão e velocidade no desempenho dos indivíduos
- Evita o acúmulo de gordura no fígado: conforme explicação de Karinee Abrahim, a colina contribui para o transporte adequado de gorduras e colesterol no fígado, evitando assim o acúmulo de gordura no órgão
- Reduz doenças cardiovasculares: segundo a especialista, a colina ajuda a converter a homocisteína, aminoácido ligado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em outras moléculas, reduzindo o risco do surgimento dessas patologias
A colina ajuda a emagrecer?
Não, a colina não ajuda a emagrecer. No entanto, o nutriente ajuda a eliminar e a prevenir o acúmulo de gordura no fígado, auxiliando na desintoxicação do órgão.
Deficiência de colina
A ausência de colina na alimentação pode provocar um déficit do nutriente no corpo e resultar em complicações como:
- Comprometimento do desenvolvimento cerebral
- Distúrbios neurológicos, como Alzheimer e Parkinson
- Doenças cardiovasculares
- Acúmulo de gordura no fígado
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Suplementação de colina
Segundo a nutricionista, a suplementação de colina pode ser indicada em alguns casos, como na gestação. “Durante a gravidez e a amamentação, as necessidades de colina aumentam consideravelmente, o que pode levar à indicação de suplementos para garantir o desenvolvimento fetal e a saúde materna”.
Adeptos a dieta vegana, praticantes de atividades físicas extenuantes ou pacientes com doenças hepáticas também podem se beneficiar com a suplementação. Para idosos, a suplementação pode ser feita com o objetivo de prevenir distúrbios cognitivos.
“No entanto, é crucial que a suplementação seja prescrita e monitorada por profissionais de saúde qualificados, pois os riscos e benefícios individuais devem ser avaliados. Em muitos casos, uma dieta equilibrada é suficiente para atender às necessidades de colina, mas em circunstâncias específicas, a suplementação pode ser uma opção viável para promover a saúde e o bem-estar”, observa Abrahim.
Como funciona a suplementação de colina?
A suplementação de colina é feita de forma oral, com o suplemento no formato de cápsula, comprimido ou bebida. A dosagem ideal deve ser indicada por um nutricionista com base em fatores específicos do paciente, como sexo, idade e objetivo da suplementação.
“A suplementação deve ser vista como um complemento a uma dieta saudável e equilibrada, não como um substituto para a obtenção de nutrientes essenciais por meio de alimentos naturais”, destaca Karinee.