Nutricionista da clínica Art Beauty Center Uberaba/MG) @nutrimaiarasouza. Graduada em nutrição pela UFTM (Universidade F...
iRedatora especialista em conteúdos sobre saúde, família e alimentação.
Quando o assunto é alimentação saudável, é importante considerar fatores como qualidade dos ingredientes e modo de preparo. Mas esses não são os únicos indicativos para uma comida gostosa e saudável. A panela pode influenciar na preservação dos nutrientes dos alimentos e, principalmente, na saúde.
As panelas podem, por exemplo, alterar o gosto e a cor dos alimentos. É o caso da panela de ferro, que costuma alterar o sabor de alguns legumes, como chuchu e cenoura. Além disso, se o material da panela não estiver bem conservado, pode haver a liberação de substâncias prejudiciais à saúde.
"O acúmulo de metais pesados pode estar relacionado a diversas doenças, como Alzheimer, Parkinson, problemas na tireoide, hiperatividade, entre outros", afirma a nutricionista Claudia Bastos de Oliveira.
De acordo com a especialista, cada tipo de panela necessita de um cuidado diferente e é mais indicada para cozinhar determinado tipo de alimento. Por isso, o MinhaVida uniu os tipos mais comuns de panelas para explicar vantagens e desvantagens de cada um deles. Confira:
1. Panela de aço inoxidável
As panelas de aço inoxidável possuem fundo triplo e possibilitam atingir altas temperaturas. O aço inoxidável é uma liga metálica de ferro com cromo, e pode conter outros elementos, como o níquel. Por ser um metal tóxico, o níquel está relacionado a alergias, dermatites de contato, asma e outros problemas de saúde.
Um dos fatores que favorece a contaminação do alimento pelo metal é o tempo de contato. Portanto, evite armazenar os alimentos na panela depois de cozinhá-los e também o uso de esponjas de aço.
2. Panela de barro
As panelas de barro exigem um maior cuidado na limpeza, pois, por serem porosas, são fáceis de acumular resíduos. Além disso, podem levar ao aumento na proliferação de fungos e bactérias. Devem ser guardadas sempre secas e sem a tampa e não oferecem risco de contaminação por minerais ou metais tóxicos. Podem ser usadas na preparação de sopas, molhos, caldos e feijão.
Leia também: Pesquisa aponta erros na cozinha que trazem riscos à saúde
3. Panela de ferro
Uma das vantagens da panela de ferro é que ela é bastante resistente e pode cozinhar a temperaturas altas. Ela também é capaz de liberar ferro no alimento que está sendo cozido, o que seria um benefício para pessoas com deficiência de ferro. Contudo, é essencial que ela seja utilizada conforme as boas práticas do fabricante — incluindo não guardar comida na panela, seja fora ou dentro da geladeira, segundo a nutricionista Maiara Souza, nutricionista do Art Beauty Center.
4. Panela de titânio
As panelas de titânio são antiaderentes, dispensam a adição de gorduras nas preparações, são muito resistentes e não liberam substâncias tóxicas durante a cocção. Essas panelas podem ser usadas para armazenar os alimentos depois de cozinhá-los, mas essa prática não é indicada.
5. Panela de vidro
É um dos materiais mais seguros quando se fala de toxicidade, pois não libera nenhuma substância tóxica ao organismo. Além disso, é uma das opções que melhor conserva o calor e o sabor dos alimentos.
Leia também: Praticidade na cozinha: 5 produtos que vão te ajudar no dia a dia
6. Panela de cerâmica
É mais cara do que as panelas convencionais, porém, possui vantagens em relação às demais, como facilidade na limpeza, antiaderência e conservação do calor dos alimentos — apesar de levar mais tempo para esquentar. É uma boa opção para cozinhar sopas, cozidos e ensopados.
Uma observação importante é verificar a procedência e a qualidade. Panelas não certificadas podem conter chumbo e cádmio na tinta, que, durante o cozimento, podem ser liberados nos alimentos, aumentando o risco de contaminação.
7. Panela de alumínio
A panela de alumínio possui um dos preços mais acessíveis, é leve e aquece rapidamente os alimentos, porém, pela fácil maleabilidade, sua forma pode alterar-se e liberar o metal nas preparações. É comprovado que altos níveis desse metal no corpo estão associados a doenças como Alzheimer e Parkinson e, durante a infância, a intoxicação por alumínio pode provocar hiperatividade e distúrbios de aprendizado. O ideal é que sejam usadas para cozinhar alimentos rápidos, como frituras.
8. Panela esmaltada
Conhecidas como panelas de ágata, as panelas esmaltadas possuem um esmalte aplicado sobre o ferro que impede sua oxidação (ferrugem). Assim como as panelas de cerâmica, deve-se tomar cuidado na escolha, uma vez que a tinta usada pode conter chumbo e cádmio na composição.
9. Panela de pedra-sabão
As panelas de pedra-sabão são fáceis de lavar, não alteram o sabor do alimento e são antiaderentes — ótimas para cozinhar refogados, por exemplo. Mas, dependendo do material em que forem fabricadas, podem liberar metais como cálcio, magnésio, ferro, manganês e níquel. Por isso, fique de olho na procedência!
10. Panela antiaderente
A panela antiaderente promove um rápido cozimento e é de fácil manipulação e limpeza. Porém, ela deve ser substituída assim que começar a descascar, pois possui componentes que podem ser problemáticos para a saúde, como o ácido perfluorooctanóico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE).
Além disso, a degradação do material pode promover a liberação de gases tóxicos, como o CFC, além de estar relacionada ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, problemas na tireoide, problemas cardíacos e outros.