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A prisão de ventre, ou constipação intestinal, é uma condição caracterizada pela dificuldade persistente de evacuar, fezes duras ou uma sensação de que o reto não está totalmente vazio. Geralmente, o quadro é causado por uma dieta pobre em fibras e, na gravidez, ele pode ocorrer devido ao aumento dos níveis de progesterona — que diminuem a contração da musculatura lisa intestinal, segundo a nutricionista Patrícia Carvalho de Jesus previamente ao MinhaVida.
Os sintomas de prisão de ventre podem impactar diretamente a forma como a gestante realiza as atividades diárias, causando inchaço ou dor abdominal, vômitos e esforço durante a evacuação que, se não tratado, pode aumentar a pressão sobre as veias ao redor do ânus e resultar em hemorroidas.
Embora seja um quadro incômodo, a prisão de ventre pode ser amenizada a partir de uma alimentação mais equilibrada. O MinhaVida listou abaixo seis dicas para amenizar (e até prevenir!) a prisão de ventre na gravidez. Confira!
1. Consuma bastante água
Estar adequadamente hidratada é fundamental para o intestino funcionar corretamente, já que, sem água, as fezes ficam ressecadas e duras. Por isso, programe-se para beber, em média, dois litros de água por dia.
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Se estiver na fase dos enjoos e a água provocar náuseas, procure consumir outros líquidos, como água com limão, água de coco ou os chás naturais permitidos durante a gestação. Apenas não deixe de se hidratar! Ah, e em caso de dúvidas, consulte o seu médico.
2. Adicione fibras na alimentação
Uma dieta equilibrada fornece fibras essenciais para o bom funcionamento do intestino. Elas são capazes de reter água, o que aumenta o volume das fezes e estimula a motilidade intestinal. Alguns dos principais alimentos ricos em fibras, segundo a nutróloga Tamara Mazaracki, são:
- Cereais: farelo de trigo, farelo de aveia, farelo de arroz, aveia, gérmen de trigo, arroz integral, psyllium
- Leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha, amendoim
- Sementes oleaginosas: linhaça, chia, farinha de coco, castanha-do-pará, amêndoa, semente de girassol, gergelim, macadâmia
- Verduras e legumes: abóbora, alho-poró, alcachofra, pimentão, batata-doce, broto de soja, brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor, vagem, aspargos, palmito, cenoura, beterraba, milho, ervilha verde, folhas verdes (espinafre, agrião, bertalha)
- Frutas secas: figo, pêssego, ameixa, uva passa, tâmara, damasco
- Frutas: goiaba, jaboticaba, amora, abacate, ameixa, maçã, pera, pitanga, acerola, manga, papaia, kiwi, maracujá, uva, laranja, tangerina, banana, coco
As fibras também são importantes para a manutenção da microbiota intestinal, as bactérias boas que vivem no intestino. Com isso, a vontade de ir ao banheiro vem e a evacuação acontece sem maiores esforços.
Nem sempre, porém, conseguimos ingerir a quantidade ideal de fibras por dia. Nessas horas, é possível optar por suplementos alimentares de fibras, mas somente um especialista pode indicar os mais adequados para uso.
3. Evite alimentos que causam constipação
O consumo de alimentos pobres em fibras podem agravar o quadro de constipação intestinal se a rotina alimentar não estiver adequada. Portanto, se você estiver em uma fase de prisão de ventre, evite o consumo de:
- Refrigerante
- Fast food
- Suco de caixinha
- Salgados fritos, como coxinha e bolinha de queijo
- Biscoito de água e sal
- Chocolate
- Macarrão
- Torradas
- Pão
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4. Renda-se aos iogurtes (e aos probióticos)
Os iogurtes são excelentes opções para incluir em uma alimentação balanceada e, devido ao seu perfil nutricional, podem ser aliados no alívio e na prevenção da prisão de ventre. Além de ser fonte de proteínas e vitaminas importantes, o iogurte é rico em probióticos — micro-organismos responsáveis por melhorar o equilíbrio da microbiota intestinal, mantendo o bom funcionamento do intestino. Outros alimentos que você pode encontrar probióticos incluem kefir, kombucha e queijos.
5. Realize exercícios físicos
A prática de exercícios físicos, mesmo que leves, é uma alternativa interessante para tornar a ida ao banheiro mais fácil. Eles contribuem para estimular os movimentos peristálticos que promovem a evacuação. Por isso, converse com seu médico para saber quais tipos de atividade física e em qual intensidade você pode fazer. Mesmo que seja permitida apenas uma caminhada, pode ter certeza: para a saúde intestinal, é melhor do que ficar parada!
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