Médico neurologista com 22 anos de experiência pela Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e Complexo...
iRedatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iO Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta a cognição e o comportamento. Lidar de forma eficaz com essas alterações exige respeito, calma e empatia, além de uma abordagem que envolve cuidados médicos, apoio emocional e estratégias de gerenciamento.
Segundo o neurologista Carlos Bosco, é essencial personalizar os cuidados de acordo com as necessidades individuais do paciente, estágio da doença e circunstâncias, além de estar atento aos sinais de desconforto ou frustração.
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“É importante lembrar que nem todas as pessoas com Alzheimer terão interesse ou capacidade de colaborar em tarefas. Algumas podem resistir ou se sentir frustradas, e isso deve ser respeitado. O objetivo é melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa com Alzheimer, e isso pode ser alcançado de várias maneiras”, pontua o médico.
Pensando nisso, o MinhaVida separou algumas medidas e estratégias que podem ser úteis para lidar com toda essa situação. Confira!
1. Prepare-se mentalmente
É importante se preparar mentalmente para lidar com toda essa situação. A psicóloga Ana Streit sugere estudar sobre a doença e conhecer a fundo as limitações que o Alzheimer causa, além de não se esquecer dos momentos de autocuidado.
“É essencial aderir informações sobre a condição, especialmente para não culpar quem está sofrendo com a doença. Também é importante não se esquecer do seu autocuidado e dos seus momentos de bem-estar que, por mais restritos que estejam, serão necessários. Por isso, é fundamental contar com uma rede de apoio pessoal”, explica a especialista.
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2. Comunique-se de forma clara e simples
É importante manter uma comunicação que facilite o entendimento do paciente. Uma boa dica é conversar através de frases curtas e diretas, evitando perguntas muito complicadas. Esteja preparado para repetir informações e seja paciente.
Além disso, evite corrigir ou argumentar. Sempre tente redirecionar a conversa para um tópico positivo. Mesmo que a pessoa pareça não entender, não fale sobre eles como se não estivessem presentes. É importante manter o respeito e a comunicação direta.
3. Mantenha uma rotina estruturada
Manter uma rotina consistente e bem estruturada pode ajudar o paciente a reduzir a ansiedade e a confusão. Para isso, crie horários regulares para refeições, atividades e sono. No entanto, é importante evitar pressioná-lo a fazer as coisas rapidamente. Nesse cronograma, calcule tempo e espaço para realizar as tarefas, mesmo que demore mais do que o habitual.
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4. Incentive atividades estimulantes
Incentivar o paciente com atividades que estimulem o cérebro, como quebra-cabeças, jogos de memória e leitura pode ajudar a distrair a mente e a manter as habilidades cognitivas por mais tempo. Além disso, atividades físicas também são bem-vindas, dentro das limitações do paciente, já que também podem ajudar na melhora do humor.
5. Torne a casa um ambiente seguro
Remover objetos perigosos, instalar trancas em locais inadequados e supervisionar o uso de aparelhos domésticos são algumas formas de tornar a casa um pouco mais segura e de deixar o paciente mais confortável. Além disso, é imprescindível manter um ambiente calmo e tranquilo. Para isso, evite barulhos e agitações no lar, pois isso pode aumentar a confusão para o portador da doença.
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