Cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é mestre em Ciências da Saú...
iNem mesmo as crianças e adolescentes estão livres de sofrerem algum tipo de dor ortopédica, como dor nas costas. Possíveis de serem desencadeadas por fatores variados, qualquer tipo de desconforto nesta faixa etária que persiste por mais de duas semanas deve ser imediatamente investigado, uma vez que a falta de um tratamento adequado em tempo hábil pode desencadear outros problemas de saúde e, inclusive, exigir procedimentos cirúrgicos.
Existem diversos fatores emocionais, sociais e de hábitos de vida que podem ocasionar o surgimento destas dores, principalmente, considerando os novos costumes das gerações nesta era digital, onde os jovens costumam ser menos ativos funcionalmente e, com isso, mais propensos a desenvolverem algum problema ortopédico.
Dependendo do diagnóstico, é possível seguir com uma ampla gama de tratamentos para a melhora dos sintomas identificados. Por isso, é importante que haja um entendimento certeiro do tipo de dor enfrentado pelo jovem para que, com isso, o médico especialista consiga direcioná-lo para o cuidado mais recomendado.
Veja as três dores ortopédicas mais comuns nessa faixa etária:
1 - Dor óssea: as crianças e adolescentes diagnosticadas com dores ósseas costumam sentir desconfortos mais constantes e que não costumam apresentar melhora com o tempo – necessitando serem investigadas clinicamente. Alguns dos exemplos mais comuns são a espondilólise e a espondilolistese, lesão por estresse da coluna vertebral adquirida na infância ou adolescência e um quadro patológico caracterizado pelo escorregamento vertebral que, assim como outros problemas ósseos, precisa ser identificado através de um raio-X ou tomografia, respectivamente.
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2 - Dor muscular: muitas das dores musculares nestes jovens estão associadas a exercícios físicos feitos sem o devido cuidado ou a outros traumas musculares nos quais o paciente sente o local dolorido. Essas costumam ser algumas das queixas mais comuns em centros pediátricos e precisam de um olhar cuidadoso dos médicos especialistas para identificar o tratamento a ser seguido, principalmente caso a ocorrência seja frequente.
3 - Dor articular: também muito frequentes em crianças e adolescentes, essas dores podem derivar de traumas, excessos ou variantes de desenvolvimento – antigamente conhecidas como “dores do crescimento”. Mais comuns nos joelhos ou ombros, por exemplo, a falta de cuidado em tempo hábil destes desconfortos pode ocasionar em condições mais crônicas ou em outros problemas mais graves, o que exige uma investigação veloz a fim de evitar que crianças e adolescentes tenham seu funcionamento físico prejudicado.
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A priori, qualquer sintoma visto nestes jovens deve ser investigado imediatamente para que se possa seguir com o melhor tratamento, afastando qualquer possibilidade de avanço para quadros mais preocupantes. Em muitos casos traumáticos é possível se recuperar evitando atividades e exercícios de alto impacto, deixando procedimentos cirúrgicos apenas em diagnósticos mais avançados.
Ainda, em situações de dores na coluna, a fisioterapia, o fortalecimento do core, o pilates e o RPG costumam ser muito indicados para esses jovens, com alta probabilidade de controlar uma possível piora para desvios mais acentuados. Porém, tudo isso depende de uma avaliação pelos médicos especialistas a qualquer sinal de desconforto para que seja possível descobrir a causa do problema e como tratá-lo adequadamente.
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