Médico ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina PUC Campinas. Residência médica em Ginecologia e Obst...
iQuem está grávida provavelmente já ouviu falar do exame NIPT, do inglês Non-Invasive Prenatal Testing (exame pré-natal não invasivo). Feito por meio de uma análise de sangue, é indicado quando há necessidade de avaliar cromossomicamente o bebê durante a gestação, analisando se há risco de o feto ter alguma síndrome. Com isso, o exame rastreia todos os pares de cromossomos, trazendo então a certeza de que o bebê tem ou não alguma síndrome genética.
Nas pacientes que fazem fertilização in vitro e estudo genético do embrião, que é o PGS (Rastreamento Genético Pré-Implantacional) ou o PGTA (Teste Genético Pré-implantacional para Aneuploidias), o teste é dispensável, já que o rastreamento foi feito antes da implantação do embrião no útero.
Leia também: Quem pode se beneficiar com a reprodução assistida?
Já em mulheres que engravidam com mais de 37 anos e apresentam alguma alteração no ultrassom morfológico, a indicação é realizar o exame para entender se há alguma síndrome e de qual tipo seria. Essa informação é importante porque, eventualmente, há síndromes que são incompatíveis com a vida.
Para quem está ansiosa e receosa de que o bebê tenha alguma alteração cromossômica, o exame pode ser realizado até mesmo antes do primeiro ultrassom morfológico, exame que avalia as estruturas do bebê e é realizado por volta da 12ª semana de gestação.
O exame morfológico com resultado normal já indica chance de 85% do bebê não ter nenhuma síndrome, porém não garante 100%. Portanto, o único exame que trará a certeza de 100% é o NIPT. Seguro, o exame coleta o sangue da mãe e não gera complicações ao bebê.
Leia também: Síndrome de Patau: sintomas, tratamentos e causas