Atualmente é medico preceptor do Hospital Municipal Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva e Coordenad...
iFormou-se em em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nos últimos três anos, aprofundou seus conhecimentos em beleza e autocuidado.
iA icterícia neonatal é uma síndrome que afeta recém-nascidos. Segundo a cartilha de atenção à saúde do recém-nascido publicada pelo Ministério da Saúde, ela é comum em bebês que estão entre 48 e 120 horas de vida.
Suas principais características são a pele amarelada e duração curta. Porém, alguns casos podem ser mais longos e demandar tratamentos específicos. Consultamos o médico ginecologista e obstetra Gilberto Nagahama, que esclareceu as dúvidas mais comuns sobre a icterícia neonatal.
O que é a icterícia neonatal?
A icterícia neonatal é a classificação da icterícia que acomete os recém-nascidos. Ela se manifesta através da mudança na coloração da pele do bebê. “A icterícia é uma manifestação clínica que é observada na pele do recém-nascido, que fica amarelada”, explica o Dr. Gilberto Nagahama.
Segundo o médico, essa síndrome não é rara e é causada pelo excesso de bilirrubina circulante. “Ela é uma condição comum, mas que demanda atenção, pois pode necessitar de cuidados específicos”, comenta.
Sua duração é de até sete dias em bebês nascidos dentro do tempo normal de gestação. Já em bebês prematuros, a icterícia neonatal pode durar até duas semanas.
Quais as causas da icterícia neonatal?
O excesso de bilirrubina no sangue é a principal causa da icterícia neonatal. Trata-se de uma substância de tonalidade amarelada que é encontrada na bile e que normalmente é metabolizada pelo fígado e eliminada na urina.
Na maioria dos casos, a bilirrubina é alta nos recém-nascidos porque o fígado dos bebês ainda não é capaz de realizar o processo de metabolização dessa substância.
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Quais os sintomas de icterícia neonatal?
A icterícia neonatal é uma síndrome que não tem sintomas. O ginecologista e obstetra Gilberto Nagahama explica que a mudança de tonalidade da pele é o único sinal. “Por isso que todo recém-nascido, nos primeiros dias de vida, deve ser examinado por pediatras”, afirma.
O primeiro diagnóstico é feito pelos pediatras e exames laboratoriais confirmam a existência da síndrome. “Será confirmado com exame de sangue dosando a quantidade de bilirrubina no sangue do recém-nascido”, explica.
Qual o tratamento da icterícia neonatal?
A icterícia neonatal demanda tratamento imediato. “Se a bilirrubina no sangue do recém-nascido estiver elevada, é necessário realizar terapia para diminuir esta bilirrubina”, alerta o Dr. Gilberto.
Segundo o especialista, o banho de luz (fototerapia) é o tratamento para icterícia neonatal mais utilizado pelos médicos. Porém, existem outros métodos que podem ser empregados em casos mais graves.
“Dependendo da gravidade, outra possibilidade é realizar exsanguineotransfusão, que significa substituir o sangue do recém-nascido por outro sangue compatível”, comenta.
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Icterícia neonatal pode ter sequelas
Dr. Gilberto alerta que taxas muito elevadas de bilirrubina no sangue do recém-nascido podem causar dano neurológico permanente. Por isso a urgência em diagnosticar e iniciar o tratamento da icterícia neonatal logo após o nascimento do bebê.
De acordo com um protocolo publicado pelo Hospital da Universidade Federal de Grande Dourados (RS), quando o período de aparecimento e duração da síndrome foge do padrão normal, ela deixa de ser considerada fisiológica e passa a ser classificada como patológica.