Graduado em Medicina, na Faculdade da Saúde e Ecologia Humana - FASEH. Especialista em cirurgia Geral - Rede FHEMIG, Gas...
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iA gripe aviária, ou influenza aviária, também chamada de “gripe do frango”, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres. Ocasionalmente, ela pode afetar mamíferos, como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, bem como o homem. Mas será que a gripe aviária em humanos é um risco?
“A gripe aviária, causada por cepas do vírus influenza altamente patogênicas em aves, pode ocasionalmente infectar seres humanos. Embora a transmissão pessoa a pessoa seja rara, o risco para humanos depende da exposição direta a aves infectadas. No Brasil, não foram relatados surtos significativos de gripe aviária em humanos recentemente”, explica o médico Alexandre Pimenta, da rede AmorSaúde.
Mas como evitar contaminações por gripe aviária? Continue lendo para saber! Mas antes, vamos entender os sintomas da gripe aviária.
Quais são os sinais da gripe aviária?
A gripe aviária pode apresentar alguns parecidos com o da gripe comum e até causar sérios problemas de saúde em humanos, podendo levar a um quadro de pneumonia e, eventualmente, à morte.
Os principais sintomas de gripe aviária em humanos costumam surgir dentro de dois a oito dias após a infecção. Na maioria dos casos, estes sintomas se assemelham aos da gripe convencional, incluindo:
- Tosse
- Febre
- Garganta inflamada
- Dor muscular
- Dor de cabeça
- Falta de ar
Algumas pessoas também sentem náusea e vômitos ou diarreia. E em alguns casos, pode haver também conjuntivite.
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Como evitar contaminação de gripe aviária em humanos?
Antes de saber sobre como evitar contaminação de gripe aviárias em humanos, é importante saber como ela se dissemina. Segundo o Ministério da Saúde, os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária incluem:
- Aves migratórias/silvestres: esse é o principal fator de transmissão, pois estas aves atuam como hospedeiro natural e reservatório dos vírus da gripe aviária. As aves normalmente apresentam infecção sem adoecer, o que lhes permite transportar o vírus a longas distâncias ao longo das rotas de migração
- Globalização e comércio internacional: o intenso fluxo de pessoas ao redor do mundo, assim como de mercadorias, aumenta consideravelmente o risco de disseminação de doenças, incluindo a influenza aviária
- Mercados/feiras de vendas de aves vivas: podem facilitar o contato próximo entre diferentes espécies de aves e outros animais, assim como com o homem, o que, além de favorecer a transmissão, aumenta a possibilidade de recombinações genéticas entre diferentes tipos de vírus de influenza
Uma forma de evitar a contaminação de gripe aviária em humanos, portanto, é, segundo o médico Alexandre Pimenta, envolve “usar de medidas de biossegurança rigorosas em criatórios avícolas, minimizando a exposição a aves selvagens e aves domésticas doentes, e garantindo a manipulação segura de aves e produtos avícolas”.
Além disso, ele indica que a seleção de alimentos provenientes de fontes confiáveis, o cozimento adequado dos produtos avícolas e a conformidade com regulamentos de segurança alimentar são essenciais na prevenção da infecção pelo vírus da gripe aviária.
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Existe vacina para gripe aviária?
Ainda não existem vacinas para gripe aviária disponíveis para a população, porém alguns países já estão desenvolvendo o imunizante. No Brasil, por exemplo, pesquisadores do Instituto Butantan iniciaram os estudos para criar uma vacina para humanos que seja capaz de proteger contra a influenza A e suas variantes. A única forma atual de conter o contágio e uma possível epidemia é através da vacinação de aves.
“Outra recomendação é que nunca se manipule uma ave em geral. Não se deve manipular aves migratórias ou selvagens que aparecem mortas em regiões costeiras ou nos campos. Trabalhadores ou criadores devem imediatamente entrar em contato com a rede municipal de zoonoses ou, eventualmente, com a rede de saúde para tomar as providências necessárias que já foram estabelecidas via Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura”, explicou Nancy Ballei, professora do curso de Infectologia da Unifesp e infectologista membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), em entrevista prévia ao MinhaVida.