Especialista em medicina do sono no Instituto do Sono, realizou o curso de cirurgias para apneia do sono no complexo Flo...
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Jornalista especializado na cobertura de temas relacionados à saúde, bem-estar, estilo de vida saudável e à pratica esportiva desde 2008.
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A rede de vídeos TikTok é famosa por seus trends que extrapolam as redes sociais. Uma recente envolve uma condição chamada misofonia, com os internautas reclamando de vídeos que produzem sons incômodos aos seus ouvidos.
“Minha misofonia gritou”, é uma das frases comuns usadas nos comentários de inúmeros vídeos do TikTok. Mas, afinal, o que é misofonia? E como se manifesta essa condição? Vamos entender!
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O que é misofonia?
A misofonia é uma sensibilidade seletiva a sons, ou seja, não existe um problema auditivo em si. É, na verdade, uma percepção alterada que a pessoa desenvolve a respeito destes sons.
“Nesse mecanismo, toda vez que a pessoa ouve o som, é acionada uma estrutura cerebral (ínsula) ligada a emoções, que por sua vez desencadeia uma reação emocional que pode ser desde uma leve irritabilidade a uma crise intensa, semelhante a uma crise de pânico”, explicou a otorrinolaringologista Samanta Dall’Agnese em artigo no MinhaVida.
Alguns dos sons mais relatados por quem sofre do problema são:
- Latidos
- Barulho de mastigação
- Respiração
- Digitação de teclado
“A pessoa se sente sem controle da situação e o organismo apresenta taquicardia e tremores. Com o tempo, o estímulo visual, como visualizar outra pessoa pegando uma maçã para comer, pode desencadear a crise antes mesmo de o som ser gerado”, continua a especialista.
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Misofonia tem tratamento?
Se estes sons levam a um desconforto que começa a afetar sua vida, procure ajuda de um profissional. Os primeiros passos envolvem avaliação, incluindo exame físico, e um exame audiométrico para excluir doenças dos ouvidos, como a perda auditiva.
“Afastando outros problemas, pode-se partir para o tratamento. O principal foco do tratamento é atingir os fatores comportamentais que fazem a pessoa associar o som a algo ameaçador. A terapia cognitivo-comportamental tem apresentado grandes benefícios nestes pacientes”, indica a médica.
De uma perspectiva mais global sobre a vida da pessoa, o estilo de vida também merece atenção. Fatores como boa alimentação, prática regular de exercícios físicos, técnicas de relaxamento como yoga e meditação, e bons horários de sono sem dúvida influenciam positivamente as pessoas que sofrem deste problema.
