Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
A palavra “comunicação”, do latim “communicatio”, tem origem na palavra em latim "communis", que significa “comum”. Daí deriva o verbo “comunicar”, que significa “fazer com que outro compartilhe o que se tem”, “compartilhar” ou “trocar”. Ou seja, a essência da comunicação é compartilhar ideias, pensamentos, sentimentos ou informações com outras pessoas.
Se quisermos nos comunicar de forma eficaz e tendo em conta o verdadeiro significado da palavra comunicação, a inteligência emocional é essencial. Se você for emocionalmente inteligente, o que você diz e tenta transmitir deve ser facilmente compreendido por quem está ouvindo. É por isso que os especialistas dizem que existem três frases que alguém com inteligência emocional usa todos os dias.
“Eu acho…”
Dar a nossa opinião nunca deve ser algo autoritário. E, de fato, usar um tom determinado ou uma frase pode acabar sendo rude. Podemos (e devemos) pensar um pouco antes de falar ou trocar frases como “isso é assim” por uma que favoreça a comunicação, como “eu acho”. Dessa forma, eliminamos a possibilidade de a outra pessoa pensar que estamos encerrando a conversa com a nossa verdade absoluta.
Essa frase nos permite continuar debatendo e não fecha a porta para que as pessoas à nossa frente possam contribuir com algo de valor. Não existem verdades absolutas se quisermos ter uma comunicação que realmente nos leve a um lugar que nos faça crescer.
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“Você poderia me contar mais sobre isso?”
De acordo com Matt Abrahams, professor da Stanford Business School e palestrante, perguntar a outra pessoa ou simplesmente dizer “me conte mais” é uma oportunidade viva para uma comunicação eficaz. Isso dá a outra pessoa a oportunidade de compartilhar sua experiência sobre algo importante, e nosso interlocutor se sente ouvido e reconhecido.
Kathy e Ross Petras, autores de livros como “Awkword Moments: A Lively Guide to the 100 Terms Smart People Should Know”, afirmaram à emissora CNBC que quando perguntamos mais sobre o que a outra pessoa nos diz, mostramos interesse em como se sentem.
“Pessoas sem autoconsciência só se preocupam com seus próprios pensamentos e opiniões. Mas pessoas emocionalmente inteligentes estão interessadas em como os outros se sentem e no que têm a dizer”, explicaram. Assim, fazer com que a outra pessoa se abra conosco nos permite conectar-nos com ela de forma genuína e, sobretudo, com inteligência emocional.
Após ouvir o que eles têm a nos dizer, podemos fazer um esforço extra para nos colocar no lugar delas usando a empatia. Mas antes de fazer isso, temos que ouvir com profundidade o que está acontecendo com elas.
“Poderia me dar alguns conselhos sobre isso?”
Alguém com inteligência emocional sabe que não tem todas as informações sobre algo e que pode haver uma pessoa que possa dar outro ponto de vista ou uma perspectiva diferente. Ao pedir conselhos a alguém, nos abrimos ao crescimento e demonstramos inteligência. Sim, ser inteligente não é saber tudo.
Em uma série de estudos em Harvard e Wharton, os alunos foram convidados a resolver quebra-cabeças com um parceiro. Alguns foram informados de que seriam julgados apenas pela precisão de suas respostas. Outros foram informados de que seriam julgados pela boa impressão que causaram em seus parceiros. Aqueles que pediram conselhos foram considerados os mais inteligentes.
Se tivermos inteligência emocional, teremos autoconsciência. Sabemos quais são nossos pontos fortes, assim como nossas limitações. Sabemos que não temos todas as respostas. Uma pessoa com inteligência emocional não tem medo de não parecer inteligente ou competente ao perguntar algo e, portanto, não tem medo de pedir conselhos se precisar.
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