Se você não quer que seu filho sofra de ansiedade no futuro, precisa ter essas 6 atitudes com ele desde de pequeno

A ansiedade é um problema cada vez mais presente na vida das crianças e pode se estender para a vida adulta se não for identificada e tratada de maneira adequada e o quanto antes. Além do suporte de um psicólogo, os pais têm um papel fundamental para ajudar os filhos a lidar com a ansiedade ou até mesmo evitá-la desde a infância.

Pequenas atitudes no dia a dia podem fazer toda a diferença para criar crianças mais seguras, resilientes e preparadas para enfrentar os desafios da vida adulta. Quer saber quais são essas práticas? O MinhaVida conversou com a psicóloga Larissa Fonseca, que indicou 6 atitudes que podem prevenir a ansiedade nas crianças.

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6 atitudes que os pais devem adotar para prevenir a ansiedade nos filhos

Prevenir a ansiedade começa em casa, com pequenas, mas poderosas mudanças no dia a dia. Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, o papel dos pais é essencial para criar um ambiente seguro e acolhedor. Afinal, crianças que se sentem amadas e ouvidas têm mais chances de crescer emocionalmente equilibradas e preparadas para enfrentar os desafios. Confira as seis atitudes que podem fazer toda a diferença no bem-estar dos pequenos:

1. Crie um ambiente seguro e acolhedor

Um lar onde a criança sente que pode ser ela mesma já é meio caminho andado. "A segurança emocional começa quando os pais transmitem acolhimento, amor e atenção às necessidades da criança", explica Larissa. Isso significa estar presente e disponível, oferecendo apoio mesmo em situações de erro ou dificuldade.

2. Valide os sentimentos do seu filho

Toda emoção importa, e ensinar isso desde cedo ajuda a criança a compreender e lidar com o que sente. “Dar nome às emoções e mostrar que é normal senti-las é um passo fundamental para que ela desenvolva inteligência emocional”, afirma a psicóloga. Validar os sentimentos do seu filho também evita que ele reprima emoções importantes, como tristeza ou medo.

3. Seja um exemplo positivo

As crianças aprendem observando, e a forma como os pais lidam com seus próprios desafios é uma grande lição. Demonstre maneiras saudáveis de enfrentar frustrações e mantenha o autocontrole. Larissa destaca: "Isso não significa esconder suas emoções, mas sim mostrar que é possível lidar com elas de forma equilibrada."

4. Estabeleça rotinas claras

Crianças prosperam com previsibilidade. Horários consistentes para refeições, brincadeiras, estudos e descanso oferecem estabilidade e organização. Isso reduz a ansiedade gerada pela imprevisibilidade e reforça a ideia de que o mundo pode ser confiável.

5. Estimule a autonomia de forma equilibrada

Permitir que a criança resolva pequenos problemas sozinha é essencial para construir sua autoconfiança. No entanto, o equilíbrio é importante. "Os pais devem evitar sobrecarregar as crianças com responsabilidades excessivas, respeitando os limites de cada idade", ressalta Larissa.

6. Passe tempo de qualidade com seu filho

Não subestime o impacto de momentos genuínos juntos. Reserve tempo longe dos eletrônicos para se conectar verdadeiramente com seu filho. "Quando os pais dedicam atenção plena às crianças, elas se sentem valorizadas, e isso fortalece o vínculo e a segurança emocional", conclui a psicóloga.

Essas atitudes ajudam a construir uma base emocional sólida. “Uma criança que se sente ouvida e apoiada aprende a confiar em si mesma, lida melhor com o estresse e desenvolve habilidades para construir relacionamentos saudáveis. A longo prazo, terá maior autoestima, enfrentará os desafios com mais segurança e terá menos chances de desenvolver transtornos como a ansiedade”, garante Larissa.

Fases da vida para observar a ansiedade nas crianças

A ansiedade pode se manifestar em diferentes fases da infância, cada uma com seus próprios desafios. Observar e entender essas mudanças é essencial para ajudar as crianças a lidarem com as preocupações. A psicóloga Larissa Fonseca destaca que, ao longo do crescimento dos filhos, os pais desempenham um papel crucial no suporte emocional e na construção de uma base sólida para o desenvolvimento. Confira o que observar em cada etapa:

Primeiros anos de vida: a base da confiança no mundo

Nos primeiros anos, o foco está em construir um vínculo seguro com os cuidadores. "É nessa fase que a criança forma a percepção de que o mundo é um lugar seguro ou ameaçador, dependendo das respostas que recebe dos adultos ao seu redor", explica Larissa. Responder às necessidades do bebê com atenção e carinho é essencial para que ele desenvolva confiança e segurança emocional.

Primeiras interações sociais: entre 4 e 6 anos

Com a entrada na escola, a ansiedade pode surgir em situações novas, como interagir com colegas, seguir regras e se adaptar a uma rotina diferente. "O apoio dos pais nesse momento é fundamental para que a criança se sinta segura e encorajada a explorar o novo ambiente", comenta Larissa. Ouvir as preocupações do seu filho e ajudá-lo a identificar o que sente é uma forma de fortalecer sua confiança e capacidade de lidar com mudanças.

Pré-adolescência: entre 8 e 12 anos

Nesta fase, as pressões sociais ganham força, assim como o desejo de independência. É comum que as crianças enfrentem inseguranças relacionadas à aceitação dos colegas e ao desempenho escolar. 

Para este caso, Larissa alerta: "Os pais devem estar atentos a sinais como isolamento, irritabilidade ou dificuldade para dormir, que podem indicar ansiedade". Manter o diálogo aberto e oferecer suporte emocional é essencial para que a criança sinta que pode compartilhar seus sentimentos sem medo de serem julgadas.

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