Médico dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Associaç&#x...
iPassar o dia na praia é um dos prazeres favoritos do brasileiro. Mas, o que muitos esquecem é que o mar também guarda alguns riscos escondidos. Muitos desses perigos vêm de pequenos animais marinhos que, ao menor contato, podem causar ferimentos e reações dolorosas. Ouriços-do-mar, águas-vivas e o famoso bicho geográfico são os mais comuns. Saber evitá-los e como tratá-los é fundamental para garantir um passeio tranquilo e seguro.
Ouriço-do-mar
Geralmente, os pequenos ouriços de cor escura vivem entre rochas e áreas com algas, além de possuírem espinhos afiados, que podem se quebrar ao contato com a pele. O resultado? Uma dor intensa e o risco de inflamação.
Como evitar: Fique atento onde pisa e evite áreas com muitas pedras ou que tenha muitos ouriços. O uso de calçados de neoprene ou sandálias próprias para água podem ser bons aliados na proteção dos pés contra espinhos.
Como tratar: Ao ser atingido por um espinho, limpe a área e tente remover o espinho superficialmente com uma pinça. Caso não consiga, não force. Lave com água morna, pois ajuda a aliviar a dor e a relaxar a musculatura ao redor do espinho. Procure um médico, principalmente se o espinho não sair ou se a área ficar inchada.
Água-viva
As águas-vivas são comuns nas praias brasileiras e podem ser transparentes, sendo difíceis de enxergar. Elas liberam toxinas que causam queimaduras na pele que podem ser extremamente dolorosas.
Como evitar: Se ver alguma água-viva na praia, avise aos salva-vidas, para sinalizarem a área e alertar outros banhistas. Mantenha-se atento, especialmente em áreas com bandeiras indicando a presença desses animais.
Como tratar: Se for queimado, lave a área afetada com água do mar – nunca use água doce, pois pode liberar mais toxinas – e evite esfregar a pele. Um truque simples é aplicar vinagre na área para neutralizar as toxinas. Caso a dor persista ou a área fique vermelha e inchada, é procure atendimento médico.
Bicho geográfico
Esse parasita – também conhecido como larva migrans cutânea – geralmente se esconde em locais com fezes de animais, como em praias sujas. O bicho geográfico penetra na pele, causando coceira intensa e vermelhidão na pele conforme se desloca pelo corpo.
Como evitar: Evite caminhar descalço em áreas da praia que estejam sujas ou que cães ou gatos de rua circulem. Usar sandálias é uma medida simples, mas eficaz, para evitar o contato.
Como tratar: Se notar uma coceira intensa e uma linha vermelha que se move, pode ser o bicho geográfico. O tratamento exige o uso de medicamentos antiparasitários, que devem ser prescritos por um médico. A automedicação não é recomendada, pois nem todos os remédios tópicos são eficazes.
Manter a atenção e adotar pequenos cuidados podem evitar grandes incômodos para que a ida à praia seja feita só de diversão. Afinal, prevenir é sempre o melhor remédio!
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