Médica pós-graduada em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), com residência em Pediatria pelo Pro...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iBasta a temperatura corporal da criança subir um pouco para que muitos pais entrem em pânico e sigam direto para a emergência do hospital. Esse medo excessivo da febre, conhecido como “febrefobia”, é mais comum do que parece e acaba gerando ansiedade desnecessária em situações que poderiam ser resolvidas em casa.
Mas será que a febre precisa mesmo de toda essa atenção? Segundo Aline Magnino, Diretora Médica da Clínica Pediátrica da Barra, na maioria das vezes, não. Antes de encarar a sala de espera de um pronto-socorro, é importante entender melhor o que está por trás da febre e como lidar com ela de forma tranquila e segura.
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Qual temperatura é considerada febre? Veja como medir:
A médica pediatra Aline Magnino explica que a febre é uma resposta natural do corpo para se defender de agressões externas, como infecções ou inflamações. “Ela é uma aliada do organismo, não uma inimiga, e não pode ser analisada de forma isolada, sem levar em conta o estado geral da criança”, afirma a especialista.
Para ajudar você a diferenciar febre de um simples aumento de temperatura, confira os principais parâmetros usados na pediatria:
- Temperatura retal maior que 38°C: medir a temperatura retal é o método mais preciso, especialmente em bebês. Segundo Aline, valores acima de 38°C indicam febre.
- Temperatura oral maior que 37,5°C: esse método é mais utilizado em crianças maiores. “Embora seja prático, é importante garantir que a boca da criança esteja limpa, sem restos de alimentos ou líquidos quentes que possam influenciar a leitura”, orienta a médica.
- Temperatura axilar maior que 37,2°C: a medição axilar é a mais comum entre os pais, mas também a menos precisa. Fatores como suor ou roupas quentes podem afetar o resultado. Ainda assim, valores acima de 37,2°C são considerados febre leve.
- Temperatura auricular maior que 37,8°C: o termômetro auricular é rápido e prático, mas deve ser usado corretamente para garantir a precisão. “Sempre siga as instruções do fabricante e posicione bem o aparelho no canal auditivo”, destaca a Dra. Aline.
A febre, por si só, não é uma doença, mas um sinal de que o corpo está trabalhando para combater algo. Por isso, a médica reforça: “Mais importante do que o número no termômetro é observar o comportamento da criança e como ela está se sentindo.” Caso haja outros sintomas, como prostração ou dificuldade para respirar, é hora de procurar orientação médica.
O que fazer quando a criança está com febre? Dicas para lidar com tranquilidade
A febre é uma reação natural do organismo, mas, para muitos pais, ela ainda é motivo de pânico. Segundo Aline Magnino, esse medo é tão comum que ganhou até um nome: febrefobia.“Os pais associam a febre a um possível sinal de uma doença grave, o que gera ansiedade e insegurança”, explica. No entanto, a maioria dos casos pode ser gerenciada com calma e cuidados básicos em casa. Confira as orientações para ajudar seu pequeno:
Deixe a criança confortável“Desagasalhar a criança e mantê-la em um ambiente fresco é o primeiro passo para aliviar os sintomas da febre”, orienta a médica. Roupas leves e um ambiente arejado ajudam a controlar a temperatura corporal sem desconforto.
Hidrate bastanteOfereça água, soro oral e outros líquidos. “A hidratação é fundamental, pois a febre pode levar à desidratação. Manter a criança bem hidratada ajuda o corpo a se recuperar mais rapidamente”, destaca a médica.
Observe outros sintomasAlém da febre, a criança pode apresentar sinais como extremidades frias, tremores, sudorese e aumento dos batimentos cardíacos. “Esses sintomas indicam que o corpo está reagindo a uma agressão externa, mas é importante avaliar mudanças no comportamento ou no estado geral da criança”, reforça Aline.
Evite correr imediatamente para o hospitalNem toda febre precisa de atendimento de emergência. “Em caso de dúvidas, sintomas diferentes ou persistência da febre, o ideal é entrar em contato com o pediatra. Ele poderá orientar se é necessário levar a criança ao hospital”, afirma.
Entenda a febre como um aliado do corpoA febre é, na verdade, um sinal de que o organismo está lutando contra uma agressão, seja infecciosa ou não. “Ela é uma manifestação de um processo complexo que inclui a produção de anticorpos e glóbulos brancos para combater agentes como vírus e bactérias”, explica a pediatra.
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