Especialista em saúde da mulher, longevidade e emagrecimento
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que tem aumentado significativamente nas últimas décadas e, exige atenção e cuidado. Especialmente quando a criança apresenta ganho de peso acelerado ou já está acima do peso apropriado para sua idade e altura.
Nesse caso, é indicado buscar ajuda profissional para avaliar as causas e orientar o tratamento. Um pediatra ou nutricionista pode identificar fatores como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, questões hormonais, genética e influência causado por padrões alimentares familiares que contribuem para o surgimento do quadro.
As consequências da obesidade infantil
É recomendado procurar apoio se a obesidade estiver afetando a saúde física ou emocional da criança, causando dificuldade para realizar atividades diárias, baixa autoestima ou isolamento social. Psicólogos também podem ajudar se o ganho de peso estiver relacionado a questões emocionais, como ansiedade ou estresse.
Por se tratar de uma condição caracterizada pelo excesso de gordura corporal, pode impactar em questões escolares e trazer problemas no desempenho, na interatividade com amigos e até levar a vivência de bullying.
A obesidade na criança pede intervenção precoce dos pais ou responsáveis, com acompanhamento multidisciplinar vital para prevenir complicações futuras e a promoção da sua qualidade de vida.
Além dos problemas imediatos, como dificuldades respiratórias e baixa autoestima, crianças obesas estão mais propensas a desenvolver doenças crônicas, inclusive na pré-adolescência ou na vida adulta, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A importância de construir hábitos saudáveis
Introduzir e estimular uma alimentação saudável desde cedo é essencial para prevenir a obesidade infantil e promover um estilo de vida equilibrado. Um dos passos iniciais é educar as crianças sobre a importância dos alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras.
Também é fundamental que os cuidadores sejam exemplos positivos nessa construção de uma dieta balanceada, uma vez que o comportamento alimentar das crianças muitas vezes reflete o ambiente familiar.
Assim, criar uma rotina alimentar estruturada é essencial. Como, por exemplo, oferecer refeições e lanches em horários regulares, evitando o consumo excessivo de fast food, alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas. Outra estratégia eficaz é envolver as crianças no planejamento e preparo das refeições. Essa prática aumenta a curiosidade e o interesse dos pequenos pelos alimentos saudáveis.
Também é importante transformar as refeições em momentos de conexão familiar, evitando distrações como televisão e dispositivos eletrônicos. A prática incentiva a atenção plena na alimentação e permite que as crianças reconheçam os sinais de fome e saciedade.
Outro ponto é estabelecer, a partir da rotina deliberada pelo profissional que realiza o acompanhamento do caso, um dia da semana para o consumo dos alimentos que possam fugir a regra da dieta saudável. Mas com parcimônia, para que eles desfrutem de um lanchinho extra num passeio ou na festa de algum coleguinha.
Por fim, atividades físicas regulares são complementares a uma alimentação saudável. Estimular brincadeiras ao ar livre, esportes e exercícios lúdicos ajudam a manter o equilíbrio energético e contribui para o bem-estar geral. Com paciência e consistência, é possível construir hábitos saudáveis que acompanharão as crianças por toda a vida. E quanto mais cedo isso se iniciar, melhor.
Saiba mais: Esses são os sinais que o seu corpo dá de que você pode ter alergia a lactose e outros alimentos