Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Adam Grant, autor de livros como “Dar e Receber”, é psicólogo organizacional e professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, onde foi o membro do corpo docente mais bem avaliado por vários anos consecutivos. Além disso, foi considerado um dos pensadores de gestão mais influentes do mundo, um dos “40 under 40” da Fortune e um Young Global Leader do Fórum Econômico Mundial. Em resumo: ele é um dos psicólogos mais famosos e reconhecidos do mundo.
Se entendermos a inteligência emocional, entre outras coisas, como a capacidade de gerenciar emoções – tanto as positivas quanto as negativas –, o que você faz com as emoções mais complicadas determina, em parte, o seu nível de inteligência emocional. Para Adam Grant, há uma frase que demonstra que temos uma inteligência emocional muito baixa. E ela tem apenas três palavras: “você me faz sentir”.
“Você me faz sentir”: a frase com a qual responsabilizamos os outros por nossas emoções
Em um episódio do podcast ReThinking, Adam Grant e a psicóloga Susan David, especialista em agilidade emocional, refletiram sobre a positividade tóxica, mas também sobre as emoções e, especificamente, sobre como uma frase pode nos fazer renunciar a elas.
A conversa surgiu após uma publicação de Grant na rede social X, onde afirma que “não julgo as emoções, mas julgo a maneira como as pessoas abrem mão do controle sobre suas emoções”, e acrescentou o que já havia dito: “Um sinal de inteligência emocional é abrir mão da frase ‘Você me fez sentir’. Porque você está dando a outras pessoas o poder sobre suas emoções. Ninguém pode me fazer sentir nada”.
O que Grant explica é que há um espaço entre o estímulo e a resposta. A resposta é sua, mesmo que o item pertença a outra pessoa. “Você controla seu comportamento, mas eu escolho minhas reações”, esclarecendo que ele não está falando de relacionamentos abusivos, mas de vínculos saudáveis, seja no amor, na amizade, na família ou no trabalho.
Isso não significa que as outras pessoas não influenciem o que sentimos. Elas influenciam. Só que, com a frase “você me fez sentir”, o que fazemos é evitar nosso próprio gerenciamento emocional. Em vez disso, o que Grant e David propõem é mudar “você me fez sentir” para um simples “eu me sinto”.
Os psicólogos também fazem uma observação interessante. Susan David sugere uma mudança sutil na maneira como você pensa sobre suas emoções também. Se pensarmos na linguagem que usamos, quando dizemos “estou triste” ou “estou com raiva”, estamos mostrando uma fusão linguística completa entre você e sua emoção.
Não há espaço entre o estímulo e a resposta em que você possa tomar uma decisão diferente, e é por isso que o psicólogo propõe mudar “estou triste” para “percebo que me sinto triste”.
As emoções são histórias que contamos a nós mesmos para explicar sensações físicas e mentais. Portanto, usar a linguagem para lembrar como a história é construída ajuda você a contar a história de forma diferente e a gerenciar suas emoções de maneira muito mais eficaz e emocionalmente inteligente.
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