![Sabrina Costa - Assistente Editorial](https://static1.minhavida.com.br/authors/ef/94/c8/41/imlicjma3sv5ddp8auxz0zuaaqnivlconqkf4k72-user_small-1.jpg)
Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
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Durante anos, as carreiras em tecnologia foram vistas como um caminho seguro para uma carreira estável e bem remunerada. Entretanto, essa tendência está mudando rapidamente, especialmente entre a Geração Z – que inclui os nascidos entre 1997 e 2010 –, que parecem estar perdendo o interesse nesse setor e migrando para setores completamente diferentes.
O principal motivo por trás desse fenômeno é o medo crescente de burnout e a falta de crescimento nas grandes empresas de tecnologia. De fato, até alguns anos atrás, trabalhar em empresas como Google, Meta ou Microsoft era a maior aspiração para quem buscava uma carreira em tecnologia.
Entretanto, de acordo com pesquisas recentes, o interesse por essas empresas caiu drasticamente. E, embora o Google estivesse no topo da lista dos empregadores mais desejados em 2017, agora caiu para o sétimo lugar, com a Apple em nono lugar.
Além disso, a cultura de trabalho nessas empresas mudou: o trabalho remoto, que foi uma grande vantagem durante a pandemia, está sendo restringido em muitas delas. Elementos como escritórios com escorregadores ou mesas de sinuca não são mais suficientes para atrair uma geração que prioriza a flexibilidade, a estabilidade e o bem-estar mental.
O que é o burnout?
O burnout, reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma síndrome associada ao estresse crônico no trabalho, é caracterizado por exaustão emocional, diminuição do desempenho e uma sensação de distanciamento ou despersonalização no trabalho.
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos todos os anos devido à depressão e à ansiedade.
Esse fenômeno é particularmente preocupante para a Geração Z, que cresceu em um ambiente em que a produtividade extrema e a hiperconectividade são a norma.
Eles também viram os funcionários de empresas de tecnologia enfrentarem longas jornadas de trabalho, demissões em massa e pressão constante para inovar. Como resultado, mais de 50% dos jovens temem o esgotamento ou se sentem estagnados em seu crescimento profissional.
E, diferentemente das gerações anteriores, a Geração Z valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que levou a uma reavaliação de suas escolhas de carreira.
O surgimento de novos setores
Em vez de carreiras tecnológicas, a Geração Z está buscando setores com maior estabilidade e propósito. Entre os mais atraentes estão saúde e bem-estar, já que a pandemia da COVID-19 reforçou o interesse nesse campo.
Profissões como enfermagem, fisioterapia e saúde mental ganharam popularidade, com 32% dos jovens demonstrando interesse em trabalhar em hospitais e centros médicos.
Os empregos no governo também estão atraindo a atenção desse grupo populacional devido à segurança no emprego e aos benefícios de longo prazo oferecidos pelo trabalho no setor público.
Ao mesmo tempo, a construção e a manufatura estão passando por uma transformação atraente para novos profissionais. Especialmente com o aumento da automação e da IA.
Saiba mais: Se você responder “sim” para essas 8 perguntas, talvez você esteja perto de um burnout