Saber se relacionar é uma arte que pode ser sempre aprimorada. Para ajudar no seu dia-a-dia a entender atitudes ou situa...
iHoje em dia, o trote é visto pela sociedade como um risco de morte ao iniciar a carreira acadêmica e não mais como boas-vindas dos veteranos aos calouros das universidades. As babáries que chocam a todos são facilmente comprovadas ao verificar as notícias diariamente, em todo País.
O trote criminoso identifica insegurança, prazer no sadismo e onipotência do próprio agressor. O ataque bruto e feroz, que tem levado jovens a hospitais, foge da ação lúdica e tradicional e é estimulado pela falta de limites e punição por parte das universidades e autoridades competentes.
Muitos casos podem corresponder à má formação de caráter na infância, que pode desenvolver um jovem maldoso e perverso. O ser humano perverso segundo a psicologia, é a pessoa sem limites e confiança nele próprio. No caso do trote criminoso, ele agride para levantar sua moral perante os colegas.
Outro fator que deve ser lembrado é que, em muitos casos, o agressor carrega problemas de fator sexual. A violência exagerada nos trotes também está ligada à vida sexual dessas pessoas, que muitas vezes não estão completamente definidas quanto à preferência por parceiros do sexo masculino ou feminino e completamente realizada, tendo inclusive casos de impotência sexual, então compensam esta falta pela agressividade para ter o prazer que esta faltando.
Por fim, é necessário levar em conta o temperamento herdado dos pais, ou seja, a genética ruim às vezes fala mais alto e invade a privacidade alheia em rituais de humilhação.
Vale lembrar que o abuso do álcool e da droga também é um fator agravante nesses casos, pois impulsionam e encorajam a brutalidade desenfreada.
Vítimas do trote criminoso
As consequências desse tipo de brincadeira levam centenas de jovens a carregarem estigmas e marcas psicológicas pelo resto da vida. Ferem os sonhos e agregam transtornos de ansiedade e síndromes do pânico gravíssimas.
Dicas para fugir de trotes violentos:
- Tomar conhecimento da instituição, ou seja, saber se o trote é permitido ou não;
- Se houver receio em participar do trote, não frequentar o curso na primeira semana de aula;
- Sugerir aos veteranos o trote solidário, como doação de sangue ou alimentos;
- Afastar-se de colegas que podem colocá-lo em situações embaraçosas, como o uso de drogas.
Alexandre Bez é psicólogo especialista em relacionamentos, ansiedade e síndrome do pânico Tel: (11) 8588-8007