Psicóloga mestre em psicologia clínica; especializada pela USP em Psicoterapia Psicanalítica.Atendo Adultos, adolescente...
iCada pessoa apresenta uma relação única e muito particular com a questão sexual. Uns o adoram e vislumbram a possibilidade sexual em todas as situações, outros detestam, porque vêem o sexo como uma prática incivilizada ou selvagem. E entre estes e àqueles, existem várias nuances de possibilidades de se relacionar com o sexo, e, portanto com o parceiro, neste quesito.
Em um pólo extremo deste prisma das várias nuances de possibilidades de encarar a questão sexual, temos algumas pessoas, na maioria homens, que entendem o sexo como um exercício de prazer. Estes podem manter relações sexuais com o mesmo intuito com que se deliciam tomando um sorvete, ou com que jogam uma partida de futebol. Para estas pessoas o sexo é um tipo de entretenimento que tem começo, meio e fim - análogo a assistir um filme. No final, estes até categorizam: pode ter sido bom, excelente, médio, deu para o gasto , pior impossível, etc. Estas pessoas não sentem necessidade de um vínculo afetivo ou de uma continuidade para se relacionaram sexualmente - Isto não quer dizer que elas não possam desenvolver laços afetivos e manter os vínculos, como namorar e casar, por exemplo, claro que sim, mas o sexo em si terá para elas uma conotação de entretenimento, por isso mesmo, para estas pessoas, o fato de manter relações sexuais fora do casamento não é percebido como traição - Eles amam de verdade a esposa, e só praticaram o esporte sexual com uma parceira diferente, a qual, após a partida sexual , esta pessoa nada mais significará para eles.
No outro pólo, oposto ao deste acima citado, existem aqueles, na maioria mulheres, que encaram o sexo como o ápice da intimidade entre duas pessoas. Para estas pessoas a relação sexual vai muito além da prática em si. Elas compreendem o sexo como uma entrega que representa uma prova de amor. São pessoas que apresentam várias restrições ao sexo, uma vez que ele está tão misturado a profundos sentimentos e vínculos afetivos, estes denotam maior dificuldade em se relacionar sexualmente, ficam impedidos por qualquer adversidade: se não estão no clima, se tem uma mínima dor ou desconforto, se não estão as mil maravilhas com o parceiro, se estão preocupados com as contas, com a empregada, com os filhos, com isto ou aquilo, já se tornam impossibilitadas de se relacionar sexualmente.
Neste leque de possibilidades de encarar o sexo, ainda existem dois outros pólos distintos: de um lado, aqueles que adoram praticá-lo, pois possuem facilidade de extrair prazer do ato sexual, e do lado contrário, àqueles que o detestam, pois a prática sexual lhes parece um ato primitivo.
Além das tendências particulares que cada indivíduo apresenta quanto à questão sexual, o ser humano também está à mercê da instabilidade, do humor, de acontecimentos prévios do seu mundo interno e externo - e tudo isto influenciará a sua performance sexual.
Portanto, meu caro leitor, saber que as pessoas são diferentes e desenvolver a capacidade de lidar com estas diferenças é uma arte extremamente útil para se atingir uma vida sexualmente satisfatória e para além do sexo Feliz.