Psicóloga Clinica sistêmica pós- graduada em Milão na Itália, com experiência no atendimento de questões de relacionamen...
iO ciúme é o tema que constantemente vem a tona quando falamos sobre relacionamento afetivo, isso porque dentre as mais diferenciadas emoções humanas essa é uma emoção extremamente comum. Todos nós cultivamos certo grau de ciúme e alguns dizem que esse sentimento é necessário em todo relacionamento, porque afinal, quem ama cuida.
O sentimento denominado amor geralmente é acompanhado do ciúme. E o ciúme muitas vezes aparece sob o véu do cuidado, do zelo e da preocupação com a pessoa amada. Quem ama o outro sente a necessidade de fazer com que a pessoa se sinta realmente amada, acolhida, querida e respeitada no relacionamento.
Existe sim o ciúme em nível normal que tem como função cuidar e proteger da pessoa amada e do pedaço de nós que está depositado nela (o nosso amor, as nossas expectativas, os nossos ideais, sonhos e etc.). Logo, todos nós, alguma vez, em maior ou menor grau já o sentimos.
O ciúme patológico pode surgir quando uma das partes sente que oparceiro não está conectado a ela da forma como gostaria e começa acriar fantasias, crenças e certezas que só existem na imaginação.
Parao ciumento, as dúvidas e incertezas são vistas como verdades concretas,daí amigos de trabalho viram rivais, os compromissos do outro viramdesculpas para traição e etc.
É comum pessoas que deixam a suavida de lado para seguir os passos do companheiro, que perdem o sonopensando na possibilidade de uma traição e aqueles que têm a suaindividualidade invadida e constantemente revirada pela desconfiança eo excesso de controle do parceiro (ou parceira).
Como saber seo seu ciúme, ou do seu parceiro, está em níveis normais ou já está setransformando em uma patologia? A pessoa cujo ciúme encontra-se dentrodo normal, baseia os seus questionamentos, desconfianças e insegurançasem fatos reais e concretos.
Já o ciumento doentio tende afantasiar situações, viver buscando indícios de infidelidade e tem asua vida pessoal prejudicada pelo fato de não conseguir pensar em outracoisa que não sejam as suas fantasias e desconfianças. Ele tende aexperimentar sentimentos como ansiedade, depressão, angústia, raiva,vergonha, insegurança, humilhação, culpa e desejo de vingança.
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Mas o que fazer quando somos vitimas ou sofremos desse sentimento exagerado?
1)Colocar-se no lugar do outro, ou pedir ao companheiro que coloque-se emseu lugar a fim de imaginar como é a vida da pessoa que é vitimaconstante de acusações infundadas,
2) Reconhecer e admitir as suasqualidades e perceber que se elas não fossem encantadoras, o outro nãoteria motivos para estar com você;
3) Adquirir maior segurança (em si e no outro);
4) Procurar ajuda médica e psicológica quando a patologia estiver caminhando para níveis muito avançados;
5)Se você é vitima de um ciumento (ou ciumenta) patológico, evite dar asexplicações pedidas e permitir que o outro comande a sua vida, porqueao agir dessa forma, você está alimentando as crenças e imaginações econtribuindo para que elas se tornem reais para o outro.
6) Procure ajuda ou denuncie o seu parceiro (ou parceira) caso você esteja sendo vítima de agressões físicas ou ameaças.
Depoisde algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dara mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significaapoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa aaprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Ecomeça a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. (WilliamShakespeare)
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