Acácia Lima é empresária de marketing e comunicação, jornalista e blogueira. Editora de portal de beleza, ama tecnologia...
iLi um texto desses que correm pela internet, cujo autor é Joseph Newton, e falava sobre os vazios necessários. Apesar do começo ser óbvio, eu continuei lendo já que a amiga que me enviou é inteligente e raramente envia coisas do tipo. Pois bem, o autor diz que enquanto não nos desapegarmos de objetos antigos, aqueles que guardamos por anos sem uso algum, estaremos ocupando o espaço que, certamente, é de uma coisa nova.
Ele continuava dizendo aquilo que sabemos: guardamos sentimentos velhos também, sentimentos que já não nos dizem respeito, mas que, por pura birra, cismamos em cultivar. Lembranças de dores passadas, mágoas, desconfianças, rancor: tudo isso pode, e deve, ir para o lixo.
A parte boa do texto, a que me chamou a atenção, é a que dizia que a gente só guarda aquilo que teme que faltará, que criará vazio, por pura carência, e acaba enviando duas mensagens ao nosso cérebro: "não confio no futuro" e "o novo e o bom não são para mim". Mania que a gente tem de achar que é melhor "isso que eu tenho agora" do que "quero criar mais, experimentar mais, viver mais".
Fiquei feliz por perceber que, apesar da música do Lulu Santos dizer que "assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade", tem gente que põe a cabeça pra funcionar e cria mensagens que nos encorajam a dar passos, mesmo que pequenos hoje, mas sinceros e rumo ao objetivo de ser inteiro.
Há fases em que a gente vai devagar mesmo (para um pouco também), mas já reparou como, às vezes, esse monte de passinhos viram um salto? É quando a vida parece que muda de repente, sem lembrar que tudo foi plantado, construído, cuidado de certa forma.
Algumas pessoas acreditam em destino, outras em acaso, coincidência. Muitas, assim como eu, acreditam em conquistas. Acreditam que, sim, há um traço direcionando para aquilo que herdamos de nossos pais, com suas crenças e vivências, mas que, fundamentalmente, criamos a nossa história sempre que damos lugar ao novo e, principalmente, ao que é realmente importante na vida.
Clichê, eu sei, mas se tanta gente insiste em repetir, verdade tem nisso: pare de temer, há vida no risco, há desejo, pulso, energia, movimento. Eros. Vá lá e confira. Experimente. Aprenda. Saiba por que viveu não porque ouviu. Vá. Seja feliz.
Saiba mais: Dê espaço às mudanças