Médico oftalmologista autor e editor de 15 livros sobre catarata, cirurgia refrativa e administração em oftalmologia.&nb...
iNeste ano, o verão chega exatamente às 15h47 do dia 21 de dezembro. Com a criançada já de férias, as piscinas ficam lotadas. Em casa, os efeitos indesejados são percebidos pelos pais, nos pequenos: pele e cabelos ressecados, irritação nos olhos e no nariz, crises de coceira e espirros.
É possível aproveitar os mergulhos e a diversão o verão inteiro sem terminar a temporada com a saúde prejudicada. O cloro, o cobre e outros produtos e substâncias usados para deixar a piscina própria para banho são as principais fontes de irritação respiratória e cutânea, mas raramente causam alergias crônicas ou doenças mais sérias.
O cloro é uma substância tóxica que, mesmo em doses baixas, como as usadas nas piscinas, pode irritar a pele, pois retira a camada protetora da derme e dos cabelos, que acabam ficando ressecados. A substância também prejudica as mucosas dos olhos e do nariz.
Depois de muitas horas de diversão na piscina ou na praia, a pele enruga, o queixo bate e os olhos ardem e ficam congestionados. Essas irritações na visão costumam desaparecer sozinhas, mas merecem atenção porque podem estar também associadas a infecções, alergias e até a ferimentos.
Os atendimentos oftalmológicos mais comuns durante o verão são motivados porque as crianças adoram nadar com os olhos abertos embaixo d?água e não usam os óculos de natação. Além destes dois fatores, há muito cloro, na maioria das piscinas.Recomendamos que, após um dia inteiro de sol e piscina, a criança tome banho e a mãe pingue uma gota de colírio lubrificante em cada olho. Se a irritação persistir, a mãe deve exigir o uso de óculos de natação.
Se mesmo assim, a irritação não passar, é preciso procurar um oftalmologista para averiguar a possibilidade de alguma infecção ou inflamação mais grave.
Epidemia de conjuntivite
A água da piscina é um dos lugares mais propícios para o contágio de algumas infecções oculares. A principal delas é a conjuntivite, causada por vírus ou bactéria. Os olhos ficam vermelhos, inchados, lacrimejando, sensíveis à claridade e com a sensação de ter um corpo estranho.
Às vezes, há uma secreção espessa que faz a criança acordar com os olhos grudados.Dependendo do tipo da conjuntivite, o tratamento é feito com antibiótico, além de compressas frias nos olhos.
Como é contagiosa, também é preciso separar as roupas e objetos de uso da criança e não deixar que ela esfregue os olhos. O ideal é que após o diagnóstico do oftalmologista, ela fique em casa por alguns dias, para evitar o contato com outras crianças.
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Criança também tem que usar óculos escuros
A exposição solar sem proteção pode causar problemas, a longo prazo, por isto, e o seu filho ainda não tem um bom par de óculos de sol, vale a pena providenciar um.
Não existe uma idade mínima para começar a usá-los, mas a partir dos 2 anos não dá para postergar o hábito. Quanto mais as crianças se expõem ao sol, mais necessários são os óculos. Além da piscina ou da praia, estamos falando também do uso de óculos de sol em parques ou no quintal de casa.Para as crianças, valem as mesmas regras para os adultos:
-A exposição solar sem proteção pode causar, a longo prazo, diversos problemas de visão (http://www.imo.com.br/filmes-educativos/?video=700 );
-Não é indicado o uso de óculos de sol comprados em camelôs, porque não há a garantia de que as lentes tenham proteção UVA e UVB.