"Minilipo", "Lipinho" ou "Lipo Light". Os nomes seduzem e podem até confundir quem quer melhorar o contorno corporal, mas tem medo de se submeter a uma cirurgia.
Não se deve tentar 'mascarar' o procedimento com nomes diferentes que sugerem novos métodos, lipoaspiração é sempre lipoaspiração, com os seus riscos e benefícios.
A própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica já divulgou alertas neste sentido, nos quais manifestava 'preocupação' com o que chama de banalização das lipos de pequeno porte.
As lipoaspirações de pequeno porte são caracterizadas por aspirarem menos gordura corporal. Muitas vezes, o paciente 'compra a idéia da minilipo', pensando que assim, poderá diminuir os riscos da intervenção cirúrgica, o que não é verdade.
Quanto menor for a área lipoaspirada, menores serão os sangramentos e mais rápida será a recuperação. Mas divulgar a lipoaspiração com outros nomes é dar a impressão de que este é um procedimento simples, quando, na verdade, não é?
Lipoaspiração é cirurgia
Um dos procedimentos mais realizados nos últimos tempos é a lipoaspiração. É importante frisar que este procedimento não é recomendável para quem deseja emagrecer, perder peso, mas sim para os que desejam remodelar o corpo, retirar a gordura localizada mudando o contorno corporal.
Sendo assim, ela é ideal para pacientes próximos de seu peso ideal. Para garantir a segurança do procedimento é aconselhável solicitar todas as orientações e certificar-se sobre a escolha de profissionais capacitados para realizar o procedimento e ter ciência de que a lipoaspiração somente poderá ser realizada por cirurgião plástico habilitado, segundo normatização do próprio Conselho Federal de Medicina.
A lipoaspiração deve ser feita em um ambiente cirúrgico - um hospital ou uma clínica muito bem equipada - respeitando os procedimentos de assepsia e preparados para qualquer intercorrência.
A anestesia local de uma lipoaspiração de pequeno porte pode ser feita pelo cirurgião plástico, mas o mesmo tem que ter pleno conhecimento das doses máximas do anestésico local, que como qualquer outra substância, pode causar reações adversas quando usadas em doses excessivas.
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O barato pode sair caro
O que aparentemente pode ser traduzido como uma vantagem para o paciente - o preço reduzido - pode tornar-se uma chateação a longo prazo.
É desaconselhável fazer várias lipoaspirações de pequeno porte por ano, ou seja, se submeter a várias ?minilipos? pode sair o mesmo preço de uma lipoaspiração habitual, só que com muitos mais riscos à saúde, pois são vários pós-operatórios. As 'minilipos' estão sujeitas às mesas complicações de uma cirurgia de grande porte.
Entre os riscos ligados à lipoaspiração em si estão a possibilidade de retirar gordura demais e deixar o local lipoaspirado um pouco afundado ou de a pele não se retrair e restar um excesso de pele ou gordura, principalmente quando não há elasticidade suficiente.Isto sem contar as complicações graves - como trombose venosa e embolia gordurosa - que ocorrem em apenas 0,05% dos casos.