Médica especialista em Dermatologia e Nutrologia. Pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.
O peeling é um procedimento dermatológico que serve para corrigir as imperfeições da pele, como marcas de espinha, manchas de sol, da gravidez, do tempo ou até mesmo cicatrizes.
Nesse processo, são eliminadas as células mais danificadas da pele e estimula-se a produção de colágeno, que garante uma pele nova e cheia de vida. Funciona como uma profunda esfoliação ou até uma espécie de leve queimadura (controlada pelo dermatologista, é claro).
Os peelings podem ser feitos pelos adolescentes, que tem problemas de acne, e até pelos mais velhos, que desejam amenizar os danos que o tempo causa. A única diferença é no ácido usado no tratamento. Quem pode indicar o melhor para o seu caso é seu dermatologista, que, aliás, é o único profissional apto a realizar o peeling.
Esse tipo de procedimento não pode ser feito no verão, só no inverno mesmo, quando a incidência dos raios solares é bem menor e a pele não corre o risco de sofrer irritações por conta do sol forte. Gostou da ideia? Então saiba mais.
Os tipos de peeling
Os peelings têm intensidades diferentes para tratar caso a caso. Os mais superficiais, por exemplo, agem apenas na epiderme (a camada mais externa da pele). Fique por dentro:
Peeling físico: utiliza produtos físicos, como a dermoabrasão, que faz uma esfoliação da pele através de cristais de óxido de alumínio. Ele é indicado para amenizar rugas finas, manchas e melhorar a textura de pele.
Peeling químico: é escolhido o tipo de ácido e a profundidade que esse produto vai atingir de acordo com o estado da pele a ser tratada. Explica-se: o ácido mandélico realiza um peeling extremamente superficial, que remove a camada de células mortas para melhorar textura e maciez da pele.
Em compensação, o ácido retinóico realiza um tipo de peeling menos superficial (mas ainda leve), que retira toda a epiderme para melhorar manchas que não são tão gritantes.
Um peeling médio atinge a derme superficial e serve para melhorar manchas mais profundas ou rugas finas e, para isso, é usado o ácido tricloroacético (TCA). Por fim, o peeling profundo, feito com uma sustância chamada fenol (e, como precisa de anestesia, deve ser feito em um hospital, não no consultório médico como os peelings anteriores), é usado para rejuvenescimento da pele muito envelhecida.
Depois do tratamento
Não espere sair com a pele perfeita assim que pisar fora do consultório, ok? É que, dependendo do tipo de peeling, o paciente pode sentir um leve ou severo ardor na pele, como se estivesse queimado de sol. E, logo em seguida, têm início as descamações, que podem durar de três a cinco dias quando se faz um peeling leve.
Quando se trata de um mais profundo, as descamações são mais severas e podem provocar inchaço e bolhas que, ao se romperem, formarão cascas, ficarão em um tom castanho e descascarão, no mínimo, entre sete e quatorze dias. Em alguns casos, as descamações pedem curativo cirúrgico. Por isso, é importante esclarecer todas as suas dúvidas com seu dermatologista antes de começar o tratamento.
Resultado satisfatório
Apesar dos inconvenientes durante o procedimento, o resultado vale a pena. Isso porque o tratamento melhora muito a pele, interferindo na textura e deixando-a mais jovem e renovada. Não há limite de sessões nem de vezes que você pode fazer, desde que seu médico autorize.
E para dar 100% certo, nunca retire as casquinhas que se formam (por mais que seja tentador), use somente o hidratante e o filtro solar que seu médico receitar para não sofrer irritações (a pele fica mais sensível logo após o peeling) e passe maquiagem só depois da aprovação do dermatologista. Dessa forma, não existem mais desculpas para não se livrar das marquinhas que tanto incomodam você.