Quer profissão mais criativa do que ser consultora de criatividade? Gisela Kassoy já começa surpreendendo pela apresenta...
iAs crises são de fato como as ondas do mar. Maiores ou menores, suaves ou violentas e elas sempre voltam. Seja na economia, nas empresas, nas vidas pessoais e profissionais, elas fazem parte da história de todos. Mas quem não conhece alguma pessoa que tenha saído de uma crise para uma situação melhor? Eu conheço inúmeras.
Neste artigo, quero mostrar um apanhado de minha experiência como consultora em criatividade, quando atuei com empresas em crise, bem como o que vi e vivi como pessoa e cidadã. Pretendo apontar algumas atitudes e comportamentos que poderão ajudá-lo a viver o impacto de um tsunami, ajudá-lo a ajudar sua empresa e, sobretudo mostrar como você pode se destacar positivamente no seu ambiente de trabalho.
Tópicos para sua reflexão:
Realismo construtivo - Algumas pessoas se comportam como o "arauto do apocalipse", ou seja, trazem más notícias e fomentam o pânico. Assim elas são ouvidas, conseguem impressionar. Se as notícias forem verdadeiras, pelo menos estão acrescentando informação. No mais, é só contribuição para o medo e baixo astral.
Outras pessoas se comportam como "Polianas". Frases vagas do tipo "tudo vai dar certo" vão soar fora de lugar, assim como atitudes de negação dos fatos. O verdadeiro otimista aceita a realidade e busca visualizar ou construir espaços favoráveis dentro dela. E aí que o velho chavão da crise como sinônimo de oportunidade funciona.
Convivência com a incerteza - Quem não suporta a incerteza tende a preenchê-la com fantasias. Pior, tende a insistir com sua hipótese ao ponto de negar outras possibilidades. Nada pode ser mais perigoso. Assumir o desconhecimento é muito mais construtivo do que se apegar a uma única opinião. Em meu trabalho, estimulo a ampliação da percepção e de enfoques diferentes. Decisões criativas se beneficiam da diversidade.
Além disso, sugiro decisões com planos A, B e C e muita flexibilidade para o imprevisível.
A vida pode até mudar, mas continua - Já foi comum o adiamento de iniciativas para depois das crises. Isso não funciona mais. Por outro lado, a incerteza pode gerar uma "síndrome da barata tonta", ou seja, ações sendo feitas, desfeitas e refeitas sem gerar resultados. Para a geração de ideias durante crises, sugiro uma classificação dos planos a serem mudados, mantidos ou postergados. Na sequência, faço a visualização das oportunidades. É aí que elas são criadas.
Razão e emoção - Pessoas devem de fato considerar seus sentimentos. A objetividade inclui levar em conta as emoções, perceber o quanto elas afetam os comportamentos. Pessoas ou empresas, o que importa é que as ideias e as escolhas ocorram em função dos objetivos, mais do que de acordo com personalidades, cultura organizacional ou momento psicológico.
Contribuições - Momentos difíceis precisam de sugestões e ousadia. São também oportunidades para as pessoas aparecerem.
Quem perceber que uma ideia faz sentido vai lutar por ela. E se alguém achar que a ideia não é boa, estará muito ocupado discutindo a crise para criticá-la.
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