A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida - cirurgia bariátrica - vem sendo realizada há cerca de 20 anos e já tem o seu lugar definido no tratamento de pacientes obesos.
O procedimento apresenta bons resultados na perda de peso, causando reflexos positivos na qualidade de vida, na imagem corporal e na melhoria da saúde física e mental dos pacientes que a ele são submetidos.
Um questionamento muito comum que surge após a realização da cirurgia bariátrica é sobre a necessidade da realização de uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele do paciente.
A partir da grande demanda pela cirurgia bariátrica, os cirurgiões plásticos tiveram que se dedicar ao desenvolvimento de técnicas específicas para estes pacientes, que têm em comum um grande volume de pele.
A cirurgia plástica deve ser feita quando o objetivo da perda de peso estipulada pelo cirurgião bariátrico for atingido ou quando ocorreu a estabilização do peso do paciente.
A estabilização do peso ocorre geralmente entre um e dois anos após a cirurgia bariátrica. Ainda assim, o cirurgião plástico deve selecionar os pacientes que estejam com IMC abaixo de 30.
Quando o IMC, Índice de Massa Corpórea, estiver acima de 30, a cirurgia só deve ser feita se houverem razões fortes, como por exemplo, quando a sobra de pele e o excesso gorduroso prejudicam a locomoção do paciente.
A cirurgia plástica da obesidade é importante para os obesos grau três, anteriormente chamados de obesos mórbidos. Estes pacientes perderam muito peso depois que se submeteram à cirurgia bariátrica.
São pessoas que perderam a elasticidade da pele, fato que prejudica não apenas o aspecto estético, mas algumas funções básicas da vida.
Os problemas dos pacientes começam com prejuízos à postura e ao equilíbrio causados pelo excesso de pele. Depois, podemos citar os problemas de integração social e de relacionamento sexual.
Acentua-se o incômodo causado pelas dermatites localizadas nas dobras de pele.É preciso observar, cuidadosamente, o paciente, antes da realização da cirurgia plástica.
Geralmente, pacientes que foram assistidos por uma equipe multidisciplinar estão melhores preparados para a etapa da plástica. Aqueles que apresentam um quadro de depressão ou algum outro tipo de problema requerem mais atenção.
Qual o melhor momento?
O melhor momento para se submeter a este tipo de cirurgia plástica é quando o paciente estabiliza seu peso, com a alimentação considerada normal para ele depois da cirurgia bariátrica.
Ou seja, quando o paciente para de emagrecer é o momento certo para fazer a cirurgia plástica da obesidade. O IMC dentre outros indicadores, ajuda a determinar o peso ideal não só para realizar a cirurgia plástica com sucesso, mas também para proporcionar qualidade de vida a este paciente.
Para definir o melhor momento é fundamental também uma avaliação clínica e psicológica detalhadas. Tais pacientes estão mais sujeitos a alterações como anemia e distúrbios metabólicos do que a população em geral. Além disso, quadros como depressão, alcoolismo e uso de drogas também podem estar presentes.
Em geral, estes pacientes são submetidos a mais de um procedimento. As cirurgias mais procuradas são a abdominoplastia (para corrigir o abdômen em avental), a mamoplastia, a braquioplastia (para retirada dos excessos dos braços), a cirurgia de coxas, a lipoaspiração e o lifting facial, que serão feitas de maneira isolada ou em combinações, dependendo de cada caso, e, visando, principalmente a segurança da intervenção.