Dr. Érico D. de Rolvare, formado em Medicina, fez residência em cirurgia geral antes de dedicar-se à medicina estética....
iO homem brasileiro está ganhando cada vez mais peso. A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 divulgada pelo IBGE apontou que 50,1% dos brasileiros estão acima do peso. Estar acima do peso não é sinônimo de obesidade, mas sem dúvida é um sinal de alerta. Desse contingente, 12,4% já podem ser considerados dentro do quadro de obesidade. Com esse número crescendo, os problemas que essa doença pode trazer ficam ainda mais evidentes, como é o caso das complicações na vida sexual.
A obesidade, por si só, não seria um empecilho para a satisfação na vida sexual, mas diversos fatores ligados a ela acabam fazendo a diferença na hora do sexo. Para citar um exemplo, a obesidade afeta diretamente nosso sistema circulatório. A equação é simples: muita gordura no sangue atrapalha a circulação sanguínea, principalmente em vasos capilares como os da região peniana. Essa falta de circulação pode impedir uma ereção completa. Obesidade está ligada ao maior risco de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.
Diversas pesquisas já estudaram a ligação entre obesidade e disfunção erétil. Certa vez, um estudo da universidade de Nápoles, na Itália, acompanhou um grupo de homens obesos, sedentários e que apresentavam quadro de disfunção sexual. Aqueles que aliaram dieta com exercícios perderam peso e apresentaram melhora no desempenho sexual. Ao contrário, o grupo que não passou por dietas ou exercícios não apresentou nenhuma mudança.
Mesmo que problemas circulatórios estejam entre as principais causas da disfunção erétil, o sobrepeso e a obesidade, muitas vezes, levam a quadros de ansiedade e auto-imagem negativa o que é bastante prejudicial nos relacionamentos e para a satisfação na vida sexual. Embora fatores físicos possam ser causa de muitos problemas, como disfunção erétil, ejaculação precoce, entre outros, a autoestima negativa e as causas psicológicas são os principais fatores que provocam dificuldades na hora do sexo.
Sabemos que, se compararmos os homens com as mulheres, elas se cuidam mais e realizam mais acompanhamentos preventivos. Os homens, em geral, acabam procurando ajuda quando os sintomas já estão bem evidentes. No Centro Médico Masculino, onde atuo, é muito comum recebermos pacientes com problemas ligados à vida sexual, que não se dão conta de como estão desleixados com a saúde e que, muitas vezes, estes "problemas" na hora do sexo nada mais são do que reflexo de outros problemas de saúde.
Então, não tem outra saída: é preciso se cuidar, ir ao médico regularmente e buscar orientação profissional assim que surgir um sinal de problema. Procurar uma atividade física e melhorar a alimentação são o primeiro passo, mas podem não fazer efeito sem o acompanhamento profissional.
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