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O início dos relacionamentos podem ser positivamente marcante. É durante essa fase que as emoções assumem o comando do vínculo afetivo, e as novidades tornam a vida a dois extremamente prazerosa. Entretanto, com o passar do tempo, a euforia inicial tem seus níveis reduzidos. As emoções perdem a intensidade e cedem lugar para a rotina.
Apesar de ser um processo natural, é comum que esta nova fase cause desconfortos, fazendo com que discussões ocorram com maior frequência, já que a preocupação em conquistar a pessoa com quem estamos é reduzida. É necessário encontrar o equilíbrio neste momento, para que não coloquemos a relação em risco.
Veja a seguir quatro problemas que podem causar o fim do relacionamento:
1. Falta de diálogo
Quando não expomos nossas opiniões em relação ao que sentimos, podemos acumular sentimentos negativos dentro de nós, que alteram pouco a pouco nossa visão sobre o relacionamento e a pessoa com quem estamos juntos.
Segundo a psicóloga Wanessa Moreira, quando o diálogo não ocorre, a situação vivida ganha uma interpretação em nossa mente que não corresponde ao que o outro está pensando. Nesse momento, existe um distanciamento de dois mundos diferentes, esfriando a relação.
Por este motivo, o diálogo aberto e a compreensão tornam-se fatores importantes, pois evitam conflitos cegos, dores, e até mesmo a perda de um amor. Para a psicóloga Giovana Tessaro, é essencial se conhecer e discutir a relação para saber se o seu caminho tem pontos em comum com o outro.
Apenas um diálogo pode não resolver todos os problemas da relação, porém, o ato de debater questões soluciona aos poucos conexões conflituosas.
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2. Falta de autoconhecimento
Todos nós temos valores e crenças que estabelecemos em nossas vidas. Para Giovana, a crença é algo em que você acredita, e que faz sentido lógico e emocional para você. As convicções norteiam nossas vidas, nos levando a rumos que representam quem somos.
E por esse motivo, o autoconhecimento torna-se essencial em um relacionamento. Quando não sabemos o que buscamos em nós mesmos e no próximo, acabamos nos colocando em risco, pois as chances de agir contra as nossas próprias necessidades aumentam, o que consequentemente trará frustração com a relação no futuro, podendo trazer um fim a ela.
Segundo Giovana Tessaro, quando as duas pessoas não têm conhecimentos sobre suas crenças pessoais, a situação pode tornar-se ainda pior. Nesse caso, a tendência é que o relacionamento seja sustentado pelas emoções, e que sensações como o prazer, conforto e conveniência atuem como a base da relação.
Entretanto, a tendência natural é que estas sensações tenham seus níveis reduzidos com a chegada da rotina. Com isso, conflitos aparentemente sem motivações começam a ocorrer, sendo difícil encontrar um motivo para justificá-los, pois ambas as partes não possuem consciência de que há um problema maior: A falta de perspectivas definidas.
O desgaste começa a tomar conta da dinâmica do casal, o que pode trazer o fim da relação caso não ocorra a reflexão das reais motivações por trás dos problemas. Segundo Wanessa Moreira, é necessário que nós tenhamos o desejo de nos conhecer e amadurecer nossa trajetória, caso o contrário, podemos ter maiores dificuldades para lidar com frustrações e anseios, aumentando ainda mais a sensação de instabilidade na relação.
"Quando você se conhece e entende melhor o que você sente, ocorre uma maior tranquilidade em traduzir suas emoções de maneira assertiva dentro da relação", explica a especialista. Quando trocamos ideias e opiniões com nosso parceiro, fazemos o relacionamento crescer.
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3. Descuido com as palavras
O descuido com as palavras em momentos de diálogo pode alterar os rumos de uma conversa, atribuindo sentidos negativos à ela. É importante refletir se o que será dito é necessário ou construtivo, especialmente em momentos de conflito.
Para Wanessa, o autoconhecimento também é uma ferramenta na hora de colocar o seu sentimento em uma discussão. Isso porque com mais tranquilidade, é possível escolher palavras que realmente expressem o que você sente.
Ter compaixão e empatia pela opinião do outro é importante. Quando isto não acontece, as discussões tendem a assumir um caráter desrespeitoso, pois esquecemos a humanidade e a singularidade do próximo. Para a especialista, ter amorosidade para ouvir o lado do outro e refletir em conjunto nos faz alcançar, de forma pacífica, um denominador comum.
Para Wanessa, concordar ou discordar do parceiro é sempre construtivo. Entretanto, isto passa a ser um problema quando trazemos um ar de agressividade para a conversa, colocando toda a culpa do problema no outro e trazendo à tona frustrações passadas que já foram conversadas e resolvidas.
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4. Pressa em solucionar os problemas
Segundo Giovana Tessaro, o imediatismo em resolver os detalhes do cotidiano pode nublar a visão da causa, nos impedindo de enxergar a raiz dos problemas. Buscar apenas cessar os sentimentos negativos de forma rápida, pode fazer com que você evite o conhecimento de si e da relação.
"Com calma, você consegue ver o seu parceiro, e não o parceiro que você criou dentro da sua mente. Há uma grande diferença entre o parceiro que você imagina que existe e como ele deve se comportar e agir, e o parceiro que está de fato ao seu lado" explica Wanessa Moreira.
Trata-se de uma forma de defesa natural contra os desconfortos gerados pela verdade. Porém, é importante enfrentar essas questões tendo em mente que nenhum sofrimento é eterno, e que somos capazes de sobreviver às nossas aflições.