Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iOs seus pratos do dia a dia costumam ser recheados de frituras e gordura? Então, provavelmente, você deve ter uma digestão lenta e seu estômago deve reclamar com frequência. Isso acontece porque os alimentos que abrigam muita gordura levam mais tempo para serem quebrados e absorvidos pelo organismo.
A responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, explica que, de maneira geral, carboidratos, como arroz, massas, pães, frutas e legumes, são digeridos mais facilmente. Seguidos das proteínas, encontradas nas carnes, leite e leguminosas. Óleos, creme de leite e manteiga são exemplos clássicos de alimentos gordurosos de difícil digestão.
"As gorduras apresentam uma digestão mais lenta, principalmente em função de sua composição química. São moléculas orgânicas constituídas basicamente de carbono, oxigênio e hidrogênio, com estrutura grande e que não são solúveis em água. Essa característica faz com que todo o processo de digestão seja mais vagaroso, pois a gordura precisa ser transformada em moléculas menores e se ligar a substâncias que permitem sua absorção", afirma a nutricionista do Grupo de Apoio Nutricional Enteral e Parenteral (Ganep), Isis Tande da Silva, doutoranda em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a nutricionista, o ideal é que a gordura seja consumida durante todo o dia, distribuída entre as refeições. "O recomendado é que ela ocupe cerca de 30% das calorias totais".
Carnes, leites e derivados, e inúmeros alimentos industrializados, são exemplos de onde se pode encontrar gordura. A nutricionista alerta que é necessária bastante atenção na observação dos rótulos dos alimentos, assim como na composição da gordura consumida. Existem ácidos graxos polinsaturados, monoinsaturados, saturados e trans.
"A gordura trans, muito difundida na indústria alimentícia, deve ser evitada em função de sua ação na elevação do LDL (colesterol ruim) e na redução do HDL (colesterol bom). Já o consumo de gorduras saturadas, encontradas principalmente na carne vermelha, leite e derivados, deve ser reduzido a aproximadamente 7% das calorias totais por aumentar o LDL. Devemos privilegiar as gorduras provenientes de peixes e produtos vegetais, monoinsaturadas e polinsaturadas, pois estas agem na redução do LDL e favorecem o aumento do HDL", diz Isis.
A especialista afirma que a ingestão elevada de gorduras, principalmente das saturadas e trans, são determinantes no aparecimento de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Ela ressalta que, apesar do cuidado no consumo, não se deve cortar completamente as gorduras da dieta. "O organismo necessita delas para várias funções; são utilizadas na formação de hormônios, compõem as membranas celulares, representam uma fonte concentrada de energia e carregam consigo vitaminas lipossolúveis".
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