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O pelo encrava porque o canal por onde ele passa fica obstruído e ele não tem força para romper a camada mais superficial da pele, chamada córnea. Essa dificuldade para sair se deve à fraqueza causada pela frequência no uso de cera para depilação, que arranca o pelo pela raiz. Entretanto, roupas muito apertadas em qualquer parte do corpo podem favorecer a foliculite.
A inflamação começa quando os folículos pilosos (cavidades na pele onde nascem os pelos) são danificados pelo atrito da roupa, entupimento ou no ato de barbear-se. Na maioria dos casos de foliculite, estes folículos são danificados e, então, infectados por bactérias. Surgem bolinhas brancas, às vezes avermelhadas, também nos braços, pernas e bumbum.
Pessoas com predisposição ao problema devem evitar roupas justas, como calças jeans, e aquelas feitas com tecidos sintéticos. O tratamento deve ser feito à base de cremes de ação antibacteriana e antifúngica. Entretanto, é possível reduzir o quadro com esfoliantes, com ácido retinoico ou glicólico na formulação, e peelings superficiais. Segundo a esteticista e massoterapeuta Viviane Esteves, o tratamento não deve ser feito somente durante a crise. É necessário um cuidado de manutenção, ou o problema acaba voltando.
A foliculite é um primeiro estágio para o aparecimento do pelo encravado em si, que geralmente começa como uma bolinha (vermelha ou não). Se não for cuidado, a inflamação pode levar à produção de uma secreção amarelada, que causa dor. Num estágio avançado, é possível que um cisto se forme: maior, mais dolorido e rígido do que a inflamação. Neste caso, uma drenagem é a melhor solução, mas não garante que ele não volte.
Não é possível evitar foliculite e pelos encravados, mas a esfoliação ajuda a amenizar a predisposição ao quadro. Os esfoliantes corporais com abrasivos e o uso da bucha vegetal, nas regiões de maior incidência, removem células mortas, afinando a pele e facilitando a passagem do pelo. Além de constante, a esteticista também recomenda que se inicie este tipo de cuidado (bem de leve), 24h logo após a depilação. "Principalmente quando se utiliza cera, que tende a se acumular nos folículos pilosos, dificultando a passagem dos pelos. Repita o procedimento um dia sim outro não até perceber que todos tenham saído", explica.
Segundo os especialistas, a depilação a laser é uma das melhores soluções para evitar pelos encravados. Como o calor do laser destrói a raiz do pelo, ele não volta a crescer tão rapidamente. E, quanto menos pelos, menor a probabilidade de encravamento. No caso dos homens, indica-se que se faça a depilação definitiva apenas nos locais da barba em que há mais probabilidade de inflamação, como o pescoço.
Se não for possível investir num procedimento como este, resista à tentação e jamais cutuque um pelo encravado. Além de piorar o quadro, pode levar ao aparecimento de uma cicatriz.
Bons princípios ativos que ajudam a desencravar pelos são: uréia, ácido salicílico, peróxido de benzoíla e ácido retinóico. Precisam ser receitados por um dermatologista e usados com frequência.
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