Redatora de conteúdos sobre beleza, família e bem-estar.
Após ser oxigenado pelos pulmões, o sangue precisa ser distribuído pelo coração através de artérias coronárias. Entretanto, estas artérias podem acumular placas de gordura que obstruem a passagem do sangue, numa doença chamada aterosclerose. Com a circulação prejudicada, o paciente passa a sentir dores no peito e falta de ar. Quando 70% ou mais da coronária está obstruída, geralmente são recomendados dois procedimentos: a cirurgia de ponte de safena ou a angioplastia. Se elas não forem feitas, o paciente pode ter um infarto ou degeneração do músculo cardíaco.
Até a década de 1980 as cirurgias de ponte de safena eram a solução mais comum. "Hoje as técnicas de angioplastia e de revascularização do miocárdio são tão modernas quanto eficientes na maior parte dos quadros", explica o cardiologista do Hospital SOS Cardio, Helcio Garcia Nascimento.
A angioplastia se tornou um procedimento comum e menos traumático. O catéter leva na ponta um balão de borracha que infla no local obstruído, dilatando a artéria e esmagando a gordura. Em alguns casos é necessário também implantar uma espécie de mola, chamada "stent", dentro da artéria coronária após dilatar a obstrução. Porém, mesmo seus adeptos reconhecem que a obstrução invariavelmente volta dias, meses ou anos mais tarde. O que não significa que os procedimentos de angioplastia ou de ponte de safena sejam definitivos. Muitas pessoas convivem com mais de uma, inclusive. "A curto prazo, a angioplastia parece mais simples, mas ter de refazê-la várias vezes também pode não ser bom em alguns casos", diz.
Um dos exames necessários para esta decisão é o cateterismo. Agora, os fatores que vão indicar a necessidade de um ou outro procedimento são muitos: evolução do quadro, condições de saúde do paciente, do órgão e das coronárias. De modo geral, a angioplastia é uma solução para casos específicos de quando a obstrução é pequena. Nela, um longo e finíssimo tubo é introduzido no corpo da pessoa a partir do braço, por exemplo, para que haja a desobstrução.
Na operação de ponte de safena, para evitar que o coração fique sem a oxigenação necessária, é preciso encontrar um novo caminho para a circulação voltar ao normal. Então, um pedaço de uma veia da perna chamada safena é extraído e enxertado no coração.
Com ele, é feita uma ponte, ou seja, uma nova ligação entre a aorta (principal artéria do corpo) e uma região da coronária que fica depois da parte obstruída pelas placas de gordura. O sangue passa a utilizar este novo caminho e a oxigenação do coração está garantida. Uma operação de ponte de safena leva de três a cinco horas e até cinco religações podem ser feitas de uma vez.
Saiba mais: Alerta no coração