Nas primeiras semanas do novo ainda sentimos um certo desconforto do ano velho. Com as férias, a alimentação mais desregrada e o consumo de bebidas alcoólicas continuam nos deixando com o mesmo mal estar que começou antes do Ano Novo. Parece que estamos inchados, as articulações parecem rígidas, o corpo está mais pesado (certamente sim), fazer certos movimentos é quase impossível. É como se a lei da gravidade fosse mais severa!
É verdade, tudo isto pode estar acontecendo com você neste exato instante. Sabe por quê? Vamos por partes para que você compreenda o que se passou nestes últimos dias. No artigo anterior, falamos sobre estresse e ansiedade e os limites entre o estresse produtivo e o improdutivo.
Você ficou sobrecarregado com muitas funções, perdeu tempo no trânsito e excedeu o seu limite. Ficou tenso, com dor no pescoço e na cabeça, se irritou demais, brigou demais e por fim tudo virou um paraíso com as festas do escritório, com os amigos secretos e com as festas em família. Agora, após um tempo, aparentemente o ciclo do estresse foi quebrado, certo? Errado!
O estresse é uma reação normal de adaptação às necessidades do meio, mas este meio ambiente atual não é o nosso meio ambiente dos outros 350 dias do ano. Assim, ainda estamos acima da nossa capacidade de adaptação, ou seja, estamos num período de estresse não produtivo ou negativo.
Outra questão que ultrapassa os outros 350 dias: quantas vezes no ano você come: chester, tender, peru, pernil, lombo, rabanada, frutas secas (típicas do hemisfério norte ? onde faz muito frio), panetone, chocotone? Quantas vezes no ano você toma: vinho, frisante, vinho branco espumante (tipo entre nós como champagne), whisky, mojito, cerveja e outras tantas bebidas "que nos levam ao prazer"? Quantas vezes no ano você come: cereja, figo, pêssego, ameixa, nectarina, melão e lichia?
Depois dessa época intensa para nosso corpo, ainda vem as férias. Os churrascos, saída e a falta de rotina somam ainda mais fatores para toda a confusão que está em nosso corpo. Após uma pequena reflexão chegamos à conclusão de que nos excedemos em tudo durante o fim do ano e nas primeiras semanas do ano novo. Tudo que não comemos ou bebemos durante o ano comemos em poucos dias, tudo ao mesmo tempo ou em sucessão.
Neste caso, o estresse não foi apenas psíquico, mas também orgânico. Ultrapassamos o limite físico de metabolizar tantos alimentos e bebidas num curto espaço de tempo.Estamos "intoxicados" e precisamos nos livrar de todo os excessos.
Álcool nas férias
O álcool, sob qualquer forma, inibe um hormônio chamado de antidiurético. Ou seja, o álcool nos faz urinar mais e nos leva à desidratação com consequente perda de eletrólitos (sódio, potássio, cloro e magnésio) que podem nos causar dor de cabeça, fraqueza, torpor, náusea e vômitos.Por outro lado, o álcool agride as células do fígado podendo causar uma hepatite alcoólica que prejudica todas as suas funções.
Outra questão é a pancreatite, um quadro clínico bem perigoso. Isto pode causar náusea, gosto ruim na boca, cólicas abdominais e diarreia.Some-se a isto o aumento da glicemia (açúcar do sangue), dos triglicérides, do colesterol e do ácido úrico. Sem contar com as enzimas do fígado ? transaminases e gama gt - e amilase - do pâncreas.
Nos próximos dias faça uma dieta à base de frutas, verduras e muitos líquidos. Evite qualquer tipo de carne e bebidas alcoólicas. Atividade física leve também ajuda. Aproveite para repensar os dias que completam os 365. Será que preciso de tudo isto para ser feliz? Posso comemorar com menos? Posso manter um padrão próximo ao meu habitual e comemorar assim mesmo?
A homeopatia, como terapia de estímulo pode ajudar você, há medicamentos específicos que harmonizam as funções orgânicas e promovem o equilíbrio mais rapidamente.
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