Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iUm estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Temple, na Filadélfia (EUA), descobriu que o uso prolongado da mamadeira por crianças de até dois anos pode aumentar o risco de obesidade infantil.
O resultado do estudo, publicado no Journal of Pediatrics, mostra que aquelas que ainda tinham costume de dormir com uma mamadeira, por volta dos dois anos, tinham 30% mais chance de ser obesas quando completassem cinco anos.
A mamadeira acaba sendo uma forma mais fácil de alimentar a criança antes de dormir, ou mesmo durante o dia. Na correria diária que muitas mães estão submetidas, tudo o que é prático acaba prevalecendo, aliviando as tarefas dos pais. Tirar a mamadeira e ensinar o filho a tomar no copo, é um exercício que exige calma e tempo, o que para muitos pais se torna um transtorno. A criança ainda não tem uma coordenação totalmente desenvolvida, mas com calma e repetição, ela aprenderá a tomar no copo, de acordo com a orientação do pediatra.
O que muitos não sabem, é que além de nutrir os filhos, podem estar contribuindo para a sua obesidade futura. Não imaginam que um comportamento tão comum e conhecido, possa contribuir de forma significativa no aumento de peso de seu filho.
De acordo com Robert Whitaker, da Universidade de Temple, "as crianças que ainda estavam usando mamadeira aos dois anos tinham 30% mais probabilidade de ser obesas aos 5,5 anos, mesmo depois de considerar outros fatores como peso da mãe, peso ao nascer e hábitos alimentares durante a infância".
O leite é o primeiro alimento de toda criança, e quando ele chega até a boca do bebê, ou da criança, vem na temperatura certa. É só pararmos para observar que após a mamada a criança se acalma e relaxa. A sensação que a criança sente é de extremo prazer. Muitas mães acostumam a dar o peito ou a mamadeira cada vez que o bebê chora, e esta acaba relacionando a comida como forma de conforte, afeto e amor. Esse comportamento em relação à alimentação acaba sendo um grande estímulo para que a criança quando chegar a fase adulta, se alimente em maior quantidade, e relacione que quando não está bem, triste, incomodado, sozinho, se utilize da comida em busca de um bem estar que ficou registrado lá, na primeira infância.
Lembrando sempre que a obesidade é multifatorial, mas que podemos e devemos seguir os direcionamentos necessários, para impedir que a probabilidade da obesidade se desenvolva.
Como resolver o problema?
Medidas simples podem ser tomadas, como a introdução do copo, o fracionamento da alimentação orientado pelo pediatra da criança, como também se permitir a entender o que seu filho necessita. Com certeza uma grande parte dos momentos em que a criança chora, se agita, está precisando um colinho quentinho dos pais, um chamego, um tempo disponível para sentir-se amado e acolhido.A tarefa de criar um filho exige disponibilidade e amor, e sabemos o quanto é precioso os momentos que compartilhamos com eles, garantindo uma relação de confiança e segurança na vida futura.
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