Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Um estudo publicado no periódico Epilepsia o risco de epilepsia é maior em pessoas que sofrem de esquizofrenia. A análise foi liderada por pesquisadores taiwaneses do China Medical University Hospital.
A pesquisa acompanhou 5.195 pacientes com esquizofrenia e 11.527 com epilepsia de 1999 a 2008. Durante esse período, os estudiosos coletaram dados registrados no Taiwan National Health Insurance de cada um dos indivíduos e compararam os grupos com pessoas do mesmo sexo e idade sem as doenças.
Os resultados mostraram que a epilepsia atingiu quase sete a cada mil pessoas do grupo dos diagnosticados com esquizofrenia. Já entre os não diagnosticados com a doença, a incidência foi de 1,19 a cada mil pessoas. No grupo dos pacientes com epilepsia, a esquizofrenia estava presente em 3,53 a cada mil indivíduos em comparação a 0,46 do grupo sem a doença.
Esquizofrenia é uma síndrome que afeta o pensamento e a percepção do portador, podendo criar sensações e realidades paralelas não reais. Os possíveis tratamentos para a doença envolvem medicamentos antipsicóticos e terapias de diversos gêneros. A epilepsia é uma doença neurológica crônica que tem tratamento bastante eficaz na grande maioria das vezes.
Sete dicas para entender melhor a epilepsia
1. A epilepsia não é uma doença mágica, nem sagrada e, muito menos, demoníaca. Ela é uma doença neurológica comum;
2. A epilepsia não é uma doença contagiosa. Ela é apenas o produto de descargas anormais de células nervosas no nosso cérebro;
3. A epilepsia é universal. Ela acomete pessoas de qualquer faixa etária e de todos os países;
4. A epilepsia não pode ser vista como uma catástrofe. Ela é uma condição que tem tratamento e que na maior parte das vezes é benigna;
5. A pessoa com epilepsia é uma pessoa normal. Ela precisa seguir as instruções do médico, como qualquer um de nós.
6. A epilepsia não gera desadaptação social por si só. A superproteção dos pais em relação à criança pode levar a alterações de comportamento e personalidade, tornando a criança, frequentemente, socialmente isolada, dependente e insegura;
7. Na grande maioria dos casos bem conduzidos, a epilepsia não leva a problemas escolares. Com diagnóstico e tratamento adequados, aproximadamente 80% das crianças terá suas crises controladas com um mínimo de efeitos indesejados. Isso lhe permitirá acesso a uma vida normal.
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