Cirurgião Vascular com ampla expertise em nutrologia. Especializou-se em Terapias Antioxidantes pelo The Robert W. Bradf...
iAproveito que hoje é o Dia Mundial da Diabetes, para escrever um artigo especial para quem tem essa doença. Gostaria de começar explicando algo que poucos não sabem: a diabetes do tipo 2, que corresponde a mais de 90% dois casos da doença, é virtualmente 100% evitável e pode ser tratada sem medicações na imensa maioria dos casos. Essa é uma boa notícia para quase todos, pois com alimentação correta e exercício pode se eliminar Diabetes completamente.
Muito do que ouvimos falar sobre diabetes pode estar incorreto. Há uma enorme quantidade de desinformação circulando sobre essa doença epidérmica. Por causa desse problema, grande parte dos pacientes que tem essa doença não sabe o que fazer para reverter o problema e aproximadamente 50% deles nem sabem que tem a doença.
A falta de informação pode ser considerada um dos motivos para que as taxas de diabetes, tanto de adultos como de crianças, venha aumentando de forma descontrolado. Hoje, acredita-se que um em cada quatro americanos ou tem diabetes ou é pré-diabético. No Brasil, estima-se que 15 milhões de pessoas sofram com a doença.
Apesar da epidemia de indivíduos diagnosticados com diabetes, precisamos ter consciência de que é uma doença perfeitamente previsível, e, se for do tipo 2, normalmente curável se você seguir algumas medidas simples, novos ajustes de estilo de vida que irão restaurar a sua sensibilidade à insulina e leptina. Os sintomas normalmente são:
- sede excessiva
- náuseas e vômitos
- visão alterada (turva)
- cansaço aumentado
- irritabilidade
- muita fome (mesmo após se alimentar)
- alteração de peso para mais ou para menos
- dificuldade de cicatrização de feridas
- formigamentos nas mãos/ e ou pés
Mas, antes de falar mais sobre a doença, é preciso deixar claro que diabetes do tipos 2 é bem diferente da diabetes do tipo 1.
Diabetes tipo 1 e tipo 2: Qual a diferença ?
Diabetes (também conhecida como diabetes melitus) é uma condição crônica tradicionalmente marcada pelo alto nível de glicose no seu sangue. A do tipo tipo 1 é conhecida como diabetes insulino-dependente (também conhecida como diabetes juvenil), e a tipo 2 conhecida como não insulino dependente (ou do adulto).
No caso da diabetes tipo 1, é o sistema imunológico que destrói as células do pâncreas que produzem insulina, resultando em completa deficiência do hormônio insulina, responsável por quebrar a glicose no sangue e garantir energia ao corpo. Ela normalmente se manifesta antes dos 20 anos de idade, e, infelizmente, ainda não tem cura conhecida. Por isso, a suplementação de insulina é fundamental para que a pessoa tenha uma boa saúde.
Entretanto, pesquisas recentes tem mostrado uma preocupação com o fato de se evitar a exposição ao sol, como sendo um fator estimulador do desenvolvimento do diabetes tipo 1. As mães, portanto, podem evitar esse risco em suas crianças melhorando os níveis de vitamina D com exposição ao sol ou suplementação vitamínica
Já a diabetes tipo 2 , ou não insulino-dependente, é a forma mais comum da doença afetando 90 a 95% dos diabéticos e é completamente prevenível e na maioria dos casos é curável.
Caso você tenha diabetes tipo 2, o seu corpo está produzindo insulina mas não consegue reconhece-la e usá-la apropriadamente. Esse é um estágio que chamamos de resistência à insulina.
Nesse caso, mesmo que a insulina seja produzida, ela é inadequada e, por isso, o açúcar não pode chegar às suas células, se acumulando na corrente sanguínea, causando vários problemas. É por isso que as pessoas com diabetes têm altas taxas de açúcar sanguíneo.
Sabendo disso, podemos dizer que a diabetes do tipo 2 não é a doença do açúcar no sangue como muito se fala. Ela é, na verdade, a doença dos sinalizadores da sensibilidade à insulina e leptina.
Leptina e insulinaEsses dois hormônios são essenciais para a quebra de insulina, por isso, é importante falar de cada um deles.
A leptina é um hormônio produzido nas células gordurosas, e um dos seus papéis básicos é regular o apetite e seu peso corpóreo. Ele informa o seu cérebro quando comer, quanto comer, e principalmente quando parar de comer. Além disso, a leptina diz ao seu cérebro o que fazer com a energia que gera, e é responsável pela eficiência da sensibilidade à insulina.
Já a insulina tem como principal papel depositar energia extra conseguida a partir da quebra de açúcar. Quando o seu açúcar sanguíneo se torna elevado, a liberação de insulina é no sentido de depositar energia extra.Uma pequena parte é estocada como glicogênio, mas a reserva energética principal é como gordura.
Portanto, o papel principal da insulina não é baixar o seu açúcar sanguíneo. O efeito da insulina de baixar o açúcar sanguíneo é um efeito colateral desse processo de depósito energético. É por isso que os tratamentos para diabetes que só visam diminuir o açúcar sanguíneo podem na verdade piorar em vez de corrigir o problema de má comunicação metabólica.
Usar insulina pode ser uma das piores atitudes para tratar o diabetes tipo 2, pois ela pode estar na verdade piorando a sua sensibilidade à insulina e a leptina no transcorrer do tempo. Além disso, a elevação da insulina está associada a diversas doenças como:
-
doença cardíaca
- câncer
- obesidade
- derrame
- doença vascular periférica
A mensagem real para você levar para casa é que nenhuma medicação no caso vai resolver a sua vida a não ser que você tenha em mente como linha de frente de ataque, mudanças de estilo de vida. Perder peso, aumentar a intensidade de atividade física, e melhorar os seus hábitos alimentares vão levá-lo ao melhor controle da diabetes e diminuir os riscos de doença cardíaca.
Saiba mais: Vídeo: Previna o diabetes