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Os resultados de um novo estudo, realizado pelo National Institute of Child Health and Human Development (EUA), pode ajudar milhões de mulheres com risco de parto prematuro. Eles descobriram que o hormônio progesterona, aplicado via vaginal, reduz em 42% o risco de nascimento precoce em mulheres que possuem insuficiência isto-cervical - essa alteração acontece quando colo do útero é mais fraco ou mais curto que o normal.
O parto prematuro acontece antes de 37 semanas de gestação (a gravidez completa dura cerca de 40 semanas). Nos Estados Unidos, aproximadamente um em cada oito bebês são prematuros. A prematuridade pode gerar problemas que serão sentidos durante toda a infância, como o amadurecimento insuficiente dos pulmões e a consequente maior suscetibilidade a problemas respiratórios.
O tratamento hormonal têm outros benefícios. Ele reduz a incidência de problemas respiratórios, necessidade de ventilação mecânica e de internação em unidades de terapia intensiva. Os pesquisadores sugerem que todas as mulheres grávidas devem ter o seu colo do útero mensurado entre 19 e 24 semanas de gestação. Se for curto, o tratamento deve ser considerado.
A progesterona é um hormônio crucial para manter a gravidez. Se a progesterona diminuir, pode haver encurtamento do colo do útero, aumentando o risco de parto prematuro.Os pesquisadores analisaram os resultados de cinco estudos publicados anteriormente que comparavam o uso de progesterona (em cápsula, gel ou supositório) com a aplicação de uma medicação de efeito placebo.
No total, participaram do estudo 775 mulheres e 827 crianças. O risco de nascimento antes de 33 semanas foi reduzido em 42%. A progesterona também reduziu a incidência de partos antes de 28, 32 e 35 semanas. Outro benefício da terapia hormonal foi diminuição do número de problemas respiratórios em 52% e a necessidade de ventilação mecânica em 34%. Um menor número de bebês, cujas mães usaram progesterona, teve que ser internado em unidades de terapia intensiva neonatal.
Com esses resultados, o Food and Drugs Administration, órgão governamental dos EUA que regulamenta o uso de medicação, estudará a aprovação de um gel vaginal de progesterona para a prevenção do parto prematuro.
Atenue os efeitos da gestação
Desde os primeiros dias de gravidez, o corpo da mulher sofre uma série de alterações hormonais que são refletidas no corpo, na pele, no cabelo e nos hábitos. Além das mudanças aparentes, há também os fatores emocionais. Confira as dicas do ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, da Clínica Berenstein de Assistência à Mulher (SP), para entender e atenuar as mudanças acusadas pela gestação.
Inchaço nas pernas e nas mãos
Pode ocorrer nos membros inferiores e superiores e geralmente aparece no final da gestação, conseqüência de uma vasodilatação característica desta fase. É recomendável que a gestante não fique em pé ou sentada muito tempo. O ideal é fazer caminhadas curtas, e, se possível, deixar as pernas para cima entre 30 minutos a uma hora pela manhã e pela tarde. Drenagem linfática também ajuda a ativar a circulação do sangue.
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Congestação Mamária
Por causa da produção de prolactina, as mamas ficam muito irrigadas e as veias dilatam. O ginecologista Eliezar recomenda massageá-las com óleos, jogar bastante água morna durante o banho sobre a mama, além de usar sutiãs de maior sustentação, próprios para gestantes.
Vasinhos
Os vasinhos que aparecem nas pernas são causados por uma congestão venosa, que ocorre devido à compressão dos vasos pélvicos e abdominais pelo crescimento do útero. Somente uma avaliação médica poderá indicar o tratamento mais adequado. O uso de meias elásticas é controverso e atividades físicas como a natação trazem sensação de conforto e alívio.
Sonolência ou insônia
Há gestantes que sofrem de insônia à noite e sonolência durante o dia e há aquelas que dormem bem à noite e ainda assim, continuam com sono. A queda da pressão arterial associada ao calor pode ser a causa deste problema. Para combatê-lo, faça atividades físicas como natação, hidroginástica e caminhadas que estimulam a produção de endorfinas, responsáveis pela sensação de bem-estar e aumentam o estado de vigilância. Para quem não consegue dormir à noite, a dica é ler um pouco, tomar um copo de leite morno e procurar não dormir durante o dia.
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