Dr. Érico D. de Rolvare, formado em Medicina, fez residência em cirurgia geral antes de dedicar-se à medicina estética....
iEnvelhecer traz muitos medos e dúvidas com relação ao desempenho sexual, especialmente entre os homens. Será que existe um limite de idade para uma vida sexual ativa? Minha resposta é não. Tendo uma vida saudável, sem problemas de saúde física, a pessoa pode ser sexualmente ativa por muitos anos.
As pessoas estão vivendo mais. Portanto, a vida sexual e outros temas ligados à terceira idade ganharão cada vez mais destaque e precisarão ser mais discutidos. É claro que a mente precisa acompanhar. Quem se sente velho para o sexo, certamente terá mais dificuldades para sentir prazer.
A libido no homem começa apresentar certa diminuição por volta dos 50 a 55 anos, porque há uma queda natural na taxa de testosterona do organismo. É esse hormônio um dos principais responsáveis por estimular o desejo sexual masculino. Porém, fatores como estresse, má alimentação, falta de sono, falta de atividade física, tabagismo, uso abusivo e indiscriminado de álcool e certos medicamentos têm contribuído para a queda precoce das taxas hormonais. Por isso, a partir dos 40 anos é recomendável que o homem procure um profissional especializado para ver como está a sua saúde, checar se há ou não a necessidade de uma reposição hormonal, para que, com o passar do tempo, ele mantenha ativa a sua vida sexual, prevenindo possíveis problemas.
Medicina em prol da vida sexual
Os tratamentos para a baixa na libido, tanto para o homem como para a mulher, envolvem uma consulta com um profissional médico capacitado, que irá avaliar a real causa do problema - se fisiológico ou mesmo psicológico -, e introduzir a terapêutica adequada para cada caso. Perda da libido e dificuldade de ereção podem estar ligados, mas outros fatores como problemas circulatórios, por exemplo, podem impedir a ereção.Em geral, hábitos de vida saudáveis, como alimentação adequada, prática de atividades físicas, sono adequado e revigorante são fundamentais para a manutenção da saúde e, portanto, de uma vida sexual ativa.
Entre pessoas de maior faixa etária, normalmente o sexo está ligado muito mais à satisfação física e mental, e não tanto por seu caráter reprodutivo. Não podemos deixar de lado também os benefícios do sexo para a saúde: nos momentos de prazer proporcionados pelo sexo, o organismo libera endorfinas, que atuam no sistema nervoso, diminuindo a sensibilidade à dor, relaxando a musculatura e melhorando o humor. O relaxamento que o orgasmo traz tem efeito prolongado e ajuda nas noites de sono. Além de queimar calorias, o sexo acelera os mecanismos de defesa do corpo.
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Por tudo isso, a vida sexual não pode ser encarada como uma esfera isolada. A satisfação nesse campo depende - e muito - do relacionamento entre o casal. O diálogo franco e aberto, a respeito da expectativa e dos desejos de cada um, é fundamental. Não adianta apenas uma das partes desejar ter uma vida sexual ativa e a outra estar ali apenas pela obrigação. Cumplicidade e conhecimento do parceiro são o primeiro passo para manter a "chama" acesa no relacionamento.