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Um estudo realizado na Universidade de Albany (Estados Unidos) indica que, a cada seis pessoas que colocam um stent, um anel para desobstruir uma artéria entupida, uma retorna ao hospital em menos de 30 dias.
A pesquisa, que avaliou 37.000 pessoas, teve como objetivo identificar fatores de risco para as readmissões após esse tipo de procedimento. Essa técnica, chamada de angioplastia, é feita, em geral, quando há obstrução das artérias coronárias, responsáveis por levar o sangue ao coração. Esse entupimento pode causar dores no peito (anginas), infartos e, em casos mais graves, falência cardíaca.
Aproximadamente 80% desses retornos não são programados. As causas mais comuns são doença cardíaca crônica, dor no peito e falência cardíaca. No estudo, uma em cada três internações resultou na colocação de um novo stent.
Saiba mais: Alerta no coração
Diabetes, problemas renais, enfisema e arritmia cardíaca aumentam o risco de voltar ao hospital depois da colocação do implante. Mulheres idosas também tiveram maior reincidência, principalmente devido às alterações fisiológicas e hormonais decorrentes da menopausa.
Os pesquisadores dizem que é importante conhecer os fatores de risco para dar atenção especial a certos pacientes e estabelecer cuidados maiores após a internação. Prolongar o tempo de internação após a colocação de um stent pode ser uma opção. Atualmente, a alta após esse tipo de procedimento pode acontecer no mesmo dia.
Também é necessário enfatizar a importância da medicação. "Muitas vezes, o médico libera o paciente e não dá muita ênfase à importância da medicação para o sucesso do procedimento. Alguns acham que não precisam mais de remédio, não precisam mais controlar a pressão", afirmam os responsáveis pela pesquisa. Além disso, devem ser controlados outros fatores associados, como obesidade, hipertensão e tabagismo.
Adote quatro medidas parar proteger a saúde do seu coração
Siga as recomendações dos cientistas para manter o seu coração forte, as suas artérias livres e a hipertensão bem longe das suas veias.
Vitamina D
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. Este nutriente pode ser encontrado em alimentos como a manteiga, gema de ovo, fígado, entre outros, mas sua principal fonte de absorção é a luz solar. Portanto, 15 minutinhos de exposição ao sol são mais do que recomendados.
Coma vegetais
Um importante estudo científico divulgado no periódico americano Circulation demonstrou que o consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial, ao mesmo tempo em que confirmou estudos anteriores de que o consumo total de proteínas não aumenta os níveis de pressão sanguínea.
Diminua o sal
Pesquisas científicas já comprovaram a relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. De acordo com a nutricionista Eliane Cristina de Almeida, da Unifesp, o maior perigo do sódio é que ele está escondido nos alimentos. "Alimentos como fast-food, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, cereal matinal, embutidos, chocolate, carne bovina, leite e derivados contém boa quantidade de sódio que não costumamos perceber", diz a especialista.
Sono tranquilo
Estudos recentes apontam que cerca de 40% dos indivíduos hipertensos sofrem também de apneia obstrutiva do sono, alertando para uma relação entre as doenças. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Artur Beltrame Ribeiro, quem sofre de apneia do sono apresenta mais variabilidade da pressão e o aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo, como coração, cérebro e rins. Com a qualidade do sono prejudicado, crescem os ricos de acidentes, por conta da sonolência, e de ataques cardíacos em função do estresse.