Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iHomens que foram diagnosticados com disfunção erétil têm mais chances de apresentar enxaqueca do que homens sem a doença sexual, segundo um novo estudo da National Taiwan University's College of Medicine e publicado na revista Cephalalgia. A equipe de pesquisadores coletou informações de 23.000 homens a partir de um banco de dados médico em Taiwan.
Aproximadamente 5.700 desses homens tinham sido diagnosticados com disfunção erétil, que é a incapacidade de obter ou manter uma ereção. Os autores compararam esse grupo com outros 17.000 homens similares que não haviam procurado tratamento para a impotência. Entre os homens com disfunção erétil, 4,25% já haviam sido diagnosticados com enxaqueca. No grupo sem a disfunção, 2,64% dos homens tinham sido diagnosticados com a dor de cabeça.
Os pesquisadores ainda levaram em conta outros fatores, como doenças cardíacas e diabetes, e descobriram que pacientes com disfunção erétil têm 63% mais chances de ter tido um diagnóstico anterior de enxaqueca do que os homens do outro grupo. Não está claro o que poderia explicar essa relação, mas os autores declaram que dores crônicas já foram relacionadas com a disfunção sexual em outras pesquisas.
Para eles, também é possível que o uso de alguns medicamentos para enxaqueca possa interferir na função sexual dos homens. Eles lembram, entretanto, que os resultados precisam ser confirmados por outros países e outros pesquisadores para que seja possível incluir a enxaqueca como um fator de risco de disfunção erétil ou vice-versa.
Seis cuidados que todo homem deve ter para evitar a disfunção erétil
De acordo com os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), através de um estudo em 22 cidades brasileiras, 44% dos homens do país possuem disfunção erétil. A doença pode ser definida como a incapacidade de manter uma ereção que permita penetração e uma relação sexual satisfatória para ambos envolvidos. Segundo o especialista em disfunção erétil Carlos Araújo, não há uma causa única, muito menos um tratamento padrão para o problema. "A solução eficiente é analisar a fundo e com calma o problema do paciente, pois doença atinge pessoas das mais variadas idades e condições", diz o cirurgião vascular. No entanto, existem causas cientificamente comprovadas da disfunção erétil. Conheça-as e saiba como evitar o problema.
Durma bem
Em um estudo da Unifesp, os pacientes que sofriam de impotência sexual despertavam mais durante a noite e tinham o sono fragmentado, sem conseguir chegar ao estado de sono profundo. "Além disso, a falta de sono aumenta as chances de problemas cardiovasculares e diabetes, favorece o ganho de peso, fatores que contribuem para a impotência", diz Carlos.
Fique longe das drogas
Um estudo da Universidade Real de Londres aponta que homens que fumam têm 40% a mais de risco de sofrer de disfunção erétil. Quanto maior o número de cigarros consumidos, maior a chance de ter problemas no desempenho sexual. Mesmo aqueles que fumam menos de 20 cigarros por dia têm a chance de sofrer impotência aumentada em 24%. "Isso ocorre porque o cigarro tem substâncias que entopem a microcirculação, o que atinge também o pênis e a ereção", diz o cirurgião. Um estudo da Unifesp também descobriu que, entre usuários de álcool, cocaína, crack e ecstasy, 47% têm ejaculação precoce, redução de libido e impotência.
Machucados
Muitos jovens que não sabem a origem do seu problema de ereção podem ter sofrido um trauma na região do pênis. O trauma é frequentemente causado durante a prática de esportes. Caso você tenha sofrido algum acidente, por menor que seja, vale fazer uma avaliação com o urologista ou médico especializado.
Bicicleta
Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine alerta que ciclistas, especialmente os homens, devem tomar cuidado com os assentos de bicicleta que escolhem, dando preferência aos que não tem a ponta pronunciada. "Não é o caso de parar de andar de bicicleta, pois o problema não é muito comum, mas vale atentar para o assento correto", diz Carlos.
Diabetes
As artérias do pênis são muito sensíveis às alterações vasculares causadas pelo diabetes. "Cerca de metade dos pacientes com diabetes têm problemas de ereção", conta o especialista Carlos. Remédios mais conhecidos, como o Viagra, não surtem efeito, mas há outras formas de tratamento.
Saiba mais: Alterações no pênis
Barriguinha
A circunferência abdominal não é causa direta da disfunção erétil, mas sim as alterações metabólicas decorrentes da obesidade podem gerar problemas sexuais: hipertensão, colesterol alto, sistema circulatório debilitado, entre outros.