Ao começar uma dieta, uma das primeiras dúvidas é sobre a substituição do açúcar refinado por uma opção de adoçante. A confusão começa com a escolha de uma fórmula e vai adiante quando você começa a ler sobre o assunto e descobre uma série de polêmicas envolvendo o consumo do produto. Uma pesquisa recente, no entanto, vem causando bastante alvoroço ao mostrar que mesmo o consumo de adoçante pode provocar o aumento da absorção de açúcar pelo organismo. Isso acontece graças à ação de uma proteína gustativa chamada Gustducin, responsável por detectar o sabor doce nos alimentos. "Se você consome algum alimento doce, seja à base de açúcar ou de adoçante, o organismo naturalmente tende a aumentar a absorção de açúcar de tudo o que foi consumido", explica a endocrinologista Alessandra Rascovisck, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Isso significa que consumir adoçantes não é suficiente para proteger o seu organismo do excesso de açúcar, também é importante reduzir a ingestão de alimentos que se convertem facilmente em glicose graças ao metabolismo caso dos carboidratos. "O ideal é consumir carboidratos integrais, que têm a digestão mais demorada devido à presença das fibras", afirma a endocrinologista. Além deste cuidado, é preciso atentar para os riscos envolvidos com cada tipo de adoçante - diarreia, risco de câncer e até aumento da pressão arterial são algumas das polêmicas envolvendo o produto. Descubra a seguir o que é verdade e o que não passa de polêmica em se tratando do assunto.
Frutose
O açúcar obtido de frutas, mel e alguns cereais, chamado de frutose, tem capacidade de adoçar 170 vezes mais que a sacarose. Comumente usado em refrigerantes, sucos, doces e geleias, seu consumo elevado já foi associado ao aumento de chances de diabetes e até ao aumento da pressão arterial. Vale ressaltar que a indicação não é que se reduza a quantidade de ingestão de frutas, mas sim que fique sempre de olho em produtos industrializados que levam o adoçante em sua fórmula.