Pode pegar depressão pos parto mesmo si o bebe tiver 5 de nascido? Respostas dos nossos especialistas

Vamos começar falando daquilo que é natural: tristeza.

A tristeza é uma das emoções básicas, naturais, faz parte de quem somos.
Não aprendemos com pessoas, ambiente, cultura. Mesmo os animais têm tristeza.
Nossos dias valorizam Princípios e Valores opostos à Tristeza, e nos influenciam a trata-la como se fosse uma emoção negativa.
Não existe emoção negativa.
O que existe são Emoções Desproporcionais, como respostas exageradas, que podem trazer sofrimento e precisam ser reequilibradas.
A Tristeza faz parte da vida, assim como a Alegria e há ocasião para as duas, em seu devido tempo.

Começamos a pensar em Depressão, resumindo, quando há severidade e persistência dos sintomas.

Existem alguns tipos diferentes de Depressão e é importante entendermos diante de que tipo de Depressão nos encontramos, para melhor definirmos a conduta a ser adotada.

Você citou o número 5, em relação ao seu filho, mas não sabemos exatamente qual a referência, se 5 dias, semanas, meses.
Mas vamos comentar melhor a depressão pós-parto, esperando ajudá-la a perceber se é o que acontece com você.

A depressão pós-parto costuma aparecer no primeiro mês depois do parto, mas ela também pode surgir a qualquer momento ao longo do primeiro ano do bebê.
É preciso observar se a depressão já não estava se instalando antes do parto e acabou se agravando com o final da gravidez, o nascimento do bebê e o estresse que essa mudança pode trazer para a vida da parturiente.

Não se trata de uma doença contagiosa que alguém corre o risco de "pegar".
Não temos uma explicação exata para a causa da depressão pós-parto, mas acreditamos que seja uma combinação de fatores herdados; ambientais; (no caso da depressão pós-parto, hormonais); e escolhas pessoais, que também são consideradas pela ciência, atualmente.

Em um primeiro momento, você pode considerar suas ideias sobre gravidez, maternidade, paternidade, as expectativas que tinha para essa fase e as dificuldades que está enfrentando.

Será bom se você puder fazer um levantamento de "ajudas" com as quais pode contar:
1. Conselho - pessoas mais experientes, que gostam de você e se importam com seu bem estar; amigas que estão passando pelo que você passa. Ter à mão dois ou três nomes e contato, para acionar em momentos críticos;
2. Aconselhamento - mais técnico que Conselho e mais relacionado à Espiritualidade. Líderes que possam te acompanhar, ouvir e orientar de acordo com o que sua crença ensina, à respeito da experiência que você está vivendo;
3. Ajuda Profissional - profissionais de saúde, especialistas, que podem te ajudar de muitas maneiras, desde enfermeiras com apoio à amamentação e outras atividades novas que a maternidade traz; médicos que poderão atuar no tratamento medicamentoso; psicólogos, que vão ajudá-la a descobrir maneiras mais adaptativas e saudáveis de viver essa nova fase da sua vida, que como você vai ver, pode ser fantástica.

Um tipo de ajuda não elimina o outro.
Considere toda a ajuda com que pode contar e não deixe de aciona-las.
Você e seu bebê, merecem.

Sim é possivel desenvolver depressão pós-parto, mesmo após alguns meses do nascimento do bebê.Se acha que está com esse tipo de problema, com sintomas como muita tristeza, desânimo (que precisa ser diferente de cansaço pelos cuidados do bebê e mudança de rotina), pensamentos ruins, de raiva, morte ou de fuga, pode ser importante falar com seu médico de acompanhamento pós-parto (tanto ginecologista quanto o pediatra que acompanhará a criança), assim como diretamente a um(a) psicólogo(a) e relatar suas dúvidas. Eles saberão diagnosticar e te orientar sobre como melhorar.Pode ser apenas uma forma sua de lidar com as mudanças desse momento, mas também pode se desenvolver como algo grave que impossibilite os cuidados de si mesma e do bebê, ou de outros filhos, caso tenha.