O que é tratamento profilático para transtorno bipolar?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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O lítio é o padrão ouro do tratamento profilático do Transtorno de humor bipolar (THB) seguido do divalproato e só pode ser feito na eutimia ou seja, quando o paciente estiver assintomático.Pela baixa adesão do THB, caráter instável da doença e frequência de recaídas, muitas vezes na profilaxia temos que usar as mesmas drogas do tratamento agudo da doença.Portanto vamos falar um pouco sobre o tratamento do THB de uma forma geral: Existem vários tipos de substâncias usadas no tratamento do transtorno bipolar, dependendo do estado e da fase em que o paciente se encontra, como drogas estabilizadoras do humor, antidepressivos, antipsicóticos e tranquilizantes. Todas elas podem ser usadas em monoterapia ou em combinação na fase aguda da doença, conforme cada caso.Para tratar uma crise de depressão pode ser necessário o uso de antidepressivo de preferência combinados a estabilizador do humor e ou a antipsicótico, pelo risco da “virada maníaca”. Quando a pessoa já teve pelo menos três crises ou uma muito séria e tem o THB é aconselhável não adiar o tratamento de manutenção, para evitar ou reduzir a gravidade de novas fases da doença. Os estabilizadores do humor costumam ser os remédios ideais para o tratamento de manutenção ou de prevenção=profilaxia de novos episódios da doença. É importante lembrar que o efeito dos medicamentos na depressão ou no estado misto pode levar até duas a quatro semanas para ser significativo. A melhora completa pode levar alguns meses e depois disso é necessário manter as medicações usadas na fase aguda da doença por mais algumas semanas ou meses, dependendo da gravidade do caso. Depois da melhora completa o paciente segue para a fase de manutenção.Nesta fase normalmente a pessoa se sente bem e corre o risco de descuidar do rigor no tratamento medicamentoso. Infelizmente isso é muito comum e perigoso, pois quase sempre precede novas recaídas da doença. A adesão desses pacientes é sabidamente muito baixa. Estudos mostram que 50% dos pacientes que descontinuam o tratamento, tem 50% de recair dentro de três meses.Da mesma maneira como acontece na hipertensão arterial ou no diabetes ou em geral nas doenças crônicas, a pessoa se sente bem por estar tomando remédios. Ela não pode parar sem o consentimento do médico achando que está curada.Felizmente dispomos hoje em dia de vários remédios que podem controlar o THB, de tal modo que se a pessoa não puder tomar algum deles ou não se beneficiar o suficiente, é possível trocá-los ou fazer combinações entre eles. Serão mencionados somente os disponíveis no Brasil.Estabilizadores do humor são os remédios mais importantes e devem ser usados a partir do diagnóstico de transtorno bipolar. Controlam o processo de ciclagem de um episódio a outro, reduzindo a quantidade de depressões e manias e a gravidade delas. Eles variam entre si no efeito antidepressivo e antimaníaco. Os mais estudados e bem conhecidos são o carbonato de lítio, a carbamazepina e o ácido valpróico. Com exceção do lítio, todos eles são também usados como anticonvulsivantes (remédios para tratar epilepsia). São:- lítio - carbamazepina - oxcarbazepina - ácido valpróico - lamotrigina - gabapentina - topiramato Antidepressivos são o tratamento indicado para as fases depressivas. No paciente com THB o médico primeiro introduz o estabilizador do humor e se não melhorar associa um antidepressivo. Esta cautela reduz o risco de ciclagem para euforia, que os antidepressivos podem desencadear. Se isso acontecer, demorará mais para controlar a doença em longo prazo. A bupropiona que é um antidepressivo atípico e pode ser usado, pois tem menos chance de induzir virada maníaca.Antipsicóticos são medicamentos de efeito antimaníaco e antipsicótico. Usados nas fases agudas da doença e em episódios de depressão, mania ou estado misto, se houver sintomas psicóticos. São:olanzapina leponexrisperidonaaripiprazolquetiapina asenapinapaliperidonaANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS INJETÁVEIS DE LONGA AÇÃO – O órgão responsável pela aprovação de medicamentos nos EUA, o FDA, aprovou o medicamento Invega Sustenna, forma injetável de ação prolongada do Invega (paliperidona), para o tratamento da esquizofrenia e do transtorno esquizoafetivo. O transtorno esquizoafetivo é o nome dado aos quadros onde ocorre a associação de sintomas psicóticos a um transtorno afetivo como é o caso do THB. O transtorno esquizoafetivo pode ser predominantemente do tipo maníaco, depressivo ou misto, caracterizando um transtorno bipolar. O transtorno esquizoafetivo pode ser caracterizado por um ou mais episódios simultâneos ou alternados de transtorno de humor e psicose. Os indivíduos com o transtorno podem experienciar sintomas psicóticos antes, durante ou (comumente) depois de seus episódios mistos, depressivos ou maníacos. Ou seja, o transtorno esquizoafetivo é caracterizado por alucinações, delírio ou paranoia, somados a sintomas depressivos ou eufóricos.A versão contém o mesmo princípio ativo, a paliperidona, e é útil a pacientes com dificuldade para aderir a tratamentos com medicações orais. O Invega Sustenna é o primeiro antipsicótico de segunda geração com tomada em intervalos de uma vez por mês. O medicamento é sem custo para pacientes que têm algum plano de saúde, pois os mesmos custeiam todo o tratamento sem ônus ao paciente. Os que tiverem indicação e que não possuírem convênio podem recorrer à justiça gratuita.Tranquilizantes –São substâncias com ação hipnótica ou tranquilizante, que devem ser usados temporariamente, enquanto os estabilizadores do humor não fizerem efeito - por exemplo: clonazepan, alprazolam, lorazepam, zolpidem e outros.---------------------------------------------------------------------ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)A ECT é um tratamento de ação rápida e eficaz para casos extremos mania, depressão e quando há alto risco de vida. Nessas situações devemos considerar a ECT para não prolongar o sofrimento, a exaustão e o risco de vida do paciente. Inclui aplicar pequenas correntes de energia durante rápida aplicação de anestesia geral, para obter uma convulsão de alguns segundos de duração. É o mais seguro em gestantes e idosos e pode salvar a vida do paciente.Quando usar:-Mania franca-Mania psicótica -Depressão refratária -Depressão catatônica-Ideação/ tentativa de suicídio --------------------------------------------------------------------TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS São:-Psicoterapia Cognitivo Comportamental – a mais usada-Grupos de apoio a portadores e familiares – promovem uma “vivência ímpar”-Terapia familiar-Outros - Estilos saudáveis de vida – esporte, alimentação e outros.O THB não é um problema meramente genético e bioquímico, sendo também um transtorno de cunhos psicológico e social. Por isso eles são de suma importância na composição do tratamento de todos os tipos de THB. O tratamento medicamentoso é o primeiro a ser realizado, mas logo em seguida devemos iniciar as abordagens não psicológicas. *Porque?Porque entrar em contato com os sintomas do THB causa alto grau de sofrimento e costuma ser muito traumatizante para o paciente e a família. A aceitação do diagnóstico, os impactos da doença, o medo de como o transtorno vai afetar a vida e como lidar com o preconceito são alguns pontos altos desses tratamentos. Por isso é necessário conhecer o problema a fundo, a ponto de poder diferenciar os sinais iniciais da doença (pródromos), os “gatilhos”, distinguir pensamentos de sentimentos e assim ser capaz de fazer decisões baseadas em conhecimento e não em emoções como medo ou raiva da doença. Eles fornecem boas informações, orientação e motivação, em um ambiente de apoio confidencial. Durante o curso do tratamento o paciente costuma enfrentar recorrências, pois o manejo medicamentoso pode demorar até ser acertado. Tais experiências trazem desapontamento, dúvidas sobre o tratamento, sentimentos de culpa e de revolta. Na psicoterapia e nos grupos de apoio é possível encontrar esclarecimento e apoio necessários para superar cada novo obstáculo que a doença impõe.
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