Meu filho tem três , caso ele seja diagnosticoado com autismo ainda há tratamento?
o autismo tem sido um assunto bastante polêmico nos últimos anos, em vários países, inclusive no Brasil. A polêmica é entre @s representantes da linha psicoterapêutica comportamental e @s da linha psicanalítica, que, ela, não diverge de outras linhas de psicoterapia profunda tais como a humanista, a centrada na pessoa, a daseinsanalítica entre outras. O ponto de polêmica é se o autismo se explica pela constituição genética da criança e pode ser tratado por ensinar à criança um comportamento diferente (comportamentalismo) ou se o autismo se explica pelas experiências que a criança fez no mundo, talvez já durante a gravidez, e pode ser tratado pela melhora das suas relações com os adultos, com a ajuda d@ psicanalista tanto para a criança, mesmo ainda não falante, pelos gestos lúdicos, como para os pais perderem o desconforto e o medo frente ao comportamento diferente da criança.
Do ponto de vista d@ psicanalista dá para dizer que não tem idade para recuperar-se do autismo. Tem opiniões que dizem que certas fases do desenvolvimento do cérebro são mais aptas para o desenvolvimento da recuperação que outras e que justamente a idade de três anos seria uma fase importante, mas de verdade sabemos muito pouco disso. Só se observa o desenvolvimento de neuros no cérebro e de conexões entre eles assim que o fortalecimento de umas em detrimento de outras, mas nos não sabemos o que estes neuros fazem e o que as conexões transmitem. Podemos só observar quantas são e onde estão localizadas no cérebro. Nada mais. Isto, ao meu ver, não é suficiente para associar estes neuros e as conexões entre eles com um comportamento da criança que nos observamos. Este vínculo não é possível estabelecer. Ele fica totalmente especulativo. Podemos dizer que os neuros são tantos e em tal lugar do cérebro e o comportamento tem tais características. Mas não podemos descartar que se as nossas observações do cérebro fosse diferente, o comportamento seria outro, ou vice versa, um cérebro aparecendo diferente faria um comportamento igual ou um cérebro igual um comportamento diferente.
A maioria d@s psicanalistas favorece o trabalho com a própria criança, mas sempre em diálogo com os pais. Eu, no entanto, enfatizo o trabalho com os pais, pois dele beneficia a criança espontaneamente.
Proponho nem diagnosticar a criança, pois o diagnóstico serve para nada e só rotula a criança. Ela vai ficar a vida toda uma pessoa que na infância era autista. O interesse dela não é este, mas o interesse dela é melhorar. Isto pode ser alcançado sem o diagnóstico.
Afinal, os pais normalmente não tem dúvida que a criança se comporta de maneira diferente e para eles difícil. Se tem lido alguma literatura sobre autismo (o que é recomendável de toda maneira), sabem se o comportamento da criança se aproxima ao autismo típico ou aos diversos comportamentos possíveis que chamam a atenção.
Aliás, todas as desviações de comportamento da criança estão bastante vezinhas uma à outra, tal que para a psicanálise pouco importa acertar um diagnóstico exato. Mais importa fortalecer a criança e os pais para que a criança possa caminhar da maneira dela e virar gente no ritmo dela. Já que não sabemos como exatamente acontecem as várias dificuldades que se apresentam na comunicação entre crianças e seus entornos, também não sabemos muito bem distinguir entre elas a não ser fenomenologicamente, ou seja, classificando pela aparência alguma coisa cuja origem não vamos conseguir classificar pois não a captamos com suficiente certeza. As relações que a criança tem com o mundo são tão diversas e tão complexas que qualquer interpretação nossa nada faz do que projetar a nossa própria cultura na criança, inclusive os nossos medos e desejos. Disto pode resultar uma classificação. Mas ela é desnecessária, pois todos nos a conhecemos e a usamos o tempo todo para nos classificarmos nos mesmos e qualquer pessoa e objeto no nosso entorno. Uma criança que não responde aos pais é uma criança que não responde aos pais. Só. Uma criança impaciente tem um comportamento de criança impaciente. Etc.
Para saber mais sobre a psicanálise para crianças talvez autistas, recomendo contatar, por exemplo, o Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública.
Para os pais se fortalecerem, qualquer psicanalista ou psicoterapeuta que não siga o comportamentalismo, serve. A psicoterapia comportamentalista não serve porquê ela visa a mudar o comportamento da pessoa sem necessariamente fortalecê-la por dentro.
Espero que estas explicações lhe sejam úteis e desejo rápido sucesso com a sua criança.
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Boa noite! Nessa idade, caso seja diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo, a probabilidade de uma melhor resposta ao tratamento é grande, visto que é nessa fase, nos três primeiros anos de vida, que acontecem as conexões neuronais que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais, por isso a importância de estimulação nessa idade, de forma a melhorar significativamente a capacidade de aprendizado da criança, e o seu convívio familiar e social.Porém, vale registrar que cada criança exige um acompanhamento específico e individualizado, e que a participação dos pais, dos familiares e de uma equipe profissional multidisciplinar são fundamentais para a reabilitação desse paciente.Sugiro que converse com o pediatra e faça todas as avaliações necessárias com os diversos profissionais da equipe, para que, caso seja diagnosticado com o Transtorno, inicie o quanto antes o tratamento.Espero ter ajudado.Abraços
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