Estou malhando muito ,mesmo assim ainda não consigo controlar a ansiedade e como muito, como conseguir me controlar?
Flavia Pitanga é psicóloga (CRP 34553), psicanalista, escritora e licenciada em Psicologia.Atua como psicóloga clínica e...
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Pelo que você relata, sua vontade de comer muito está relacionada à ansiedade e isso é muito comum. Confira minhas explicações sobre compulsão alimentar:
A necessidade de ingerir regularmente quantidade exagerada de alimentos (normalmente os que a pessoa elege como os que mais lhe “confortam”) caracteriza a compulsão alimentar. Essa é uma das principais causas da obesidade.
É muito comum observarmos essa compulsão iniciando na infância. O motivo desse comportamento tem origem nos primeiros meses de vida da criança, através da amamentação. A forma como essa experiência acontece é o que desperta a busca incessante por comida.
Um bebê naqueles dias de muito choro leva a mãe, normalmente ansiosa, a oferecer logo o leite, mas muitas vezes não se trata de fome. A criança pode estar sentindo dor, frio, sono. Ao amamentar, a mãe conforta a criança. Se o problema era frio, por exemplo, logo o bebê se sente aquecido, para de chorar e mama. A criança associa essa sensação de prazer do aconchego à comida. Ela passa, então, a buscar conforto na comida.
Por outro lado, tem aquela mãe com dificuldade em dar afeto ao amamentar. Muitas mulheres apresentam quadro de depressão, por exemplo. Existe uma série de outras questões físicas e emocionais que dificultam esse cuidado. O bebê não apenas necessita do alimento, como também precisa da proteção materna. Quando falta esse laço, o vazio é sentido pelo bebê.
Sendo assim, podemos dizer que o afeto entre mãe e filho interfere na maneira como ele vai lidar com a comida ao longo da vida. Isso foi comprovado por um estudo publicado na revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria, nos Estados Unidos.
Então, o que fazer quando o problema já existe?
O tratamento da obesidade requer trabalho multidisciplinar de médico, nutricionista e psicólogo.
Avaliar e acompanhar a saúde física da pessoa obesa é fundamental; a reeducação alimentar é essencial; cirurgias bariátricas são feitas em casos de indicação médica. Agora, se a pessoa não se dá conta do porque faz da comida um vício e não sabe controlar esse hábito já estabelecido em sua vida, não vai conseguir manter seu peso saudável por muito tempo.
Além disso, é preciso trabalhar a questão também durante toda a fase de mudança corporal (o emagrecimento).
A emoção que dá origem à compulsão alimentar é a grande questão a ser trabalhada e ela está no inconsciente de cada pessoa.
Flavia Pitanga
Sou graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG - 2006), especialista em Psicopedagogia Clíni...
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No Brasil, muitas pessoas sofrem cotidianamente com o desafio de manter uma prática equilibrada de exercícios, junto com uma dieta balanceada. No centro desse dilema está a relação das pessoas não só com a saúde do corpo, mas com a sua imagem. Existem várias terapêuticas médicas e comportamentais que podem ser buscadas para o controle da ansiedade que, supostamente, leva-o a exceder-se na alimentação. Do ponto de vista da psicanálise, é importante lançar a pergunta: de onde vem essa ansiedade que sinto? Ela é causa ou efeito da minha relação com a comida ou com o corpo? Embora a sociedade contemporânea nos submeta a todos a uma pressão pelo consumo desenfreado e por uma imagem idealizada do corpo, cada um responde de um jeito singular a essa pressão. Uma análise pode ajudar-nos a elaborar nosso próprio modo de lidar com esses conflitos de forma mais autônoma e menos automática, justamente por levar-nos a perscrutar as questões em torno das causas dos nossos desejos.
• Doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP e • Mestre em Psicologia PUCRS, Especialista em Abordagem Si...
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E importante você buscar auxílio médico e psicológico para compreender o que fomenta sua ansiedade . Entre várias abordagens terapêuticas atualmente psicólogos e psiquiatras utilizam uma técnica chamada EMDR que traz resultados eficientes eficazes tanto para ansiedade como para outros sintomas. Você ter a percepção de que sua ansiedade está elevada e traz prejuízos para seu cotidiano já é um excelente ponto inicial para que você esteja aberto a ajuda terapêutica. Vá em frente e busque ajuda sua qualidade de vida com certeza vai melhorar e muito .
Sou formado em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos e possuo formação em Terapias por Contingências de Ref...
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a atividade física é muitas vezes indicada como tratamento auxiliar para transtornos de ansiedade ou afetivos, gerando uma redução significativa nesses quadros - muitas vezes, superior a outras formas de terapia mais especializadas, como medicamentosa ou psicoterapia. Isso acontece por diversos motivos: a liberação de neurotransmissores relacionados à sensação de bem estar, a companhia de outras pessoas com interesses em comum e o cumprimento de metas pessoais ou esportivas, por exemplo. Porém, muitas vezes, fatores relacionados ao exercício físico podem, também, contribuir com a ansiedade - os chamados ansiogênicos. Por último, em alguns casos, eles não guardam relação entre si, devendo ser examinados separadamente. Comentarei rapidamente esses tópicos.Em primeiro lugar, há considerações importantes sobre a atividade física, a começar pelo motivo que leva alguém a praticá-la. Dentre esses motivos, quatro se destacam: saúde, estética, gosto pela atividade e pressão ou influência de outras pessoas; com exceção do terceiro, qualquer um dos três pode contribuir para o surgimento ou aumento de uma condição de ansiedade. Perceba que não é errado ou pouco recomendado praticar atividades físicas por saúde, estética ou influência, mas exige alguns cuidados, já que dependem também de outros fatores: alguém que deseja emagrecer, por exemplo, deve ter cuidado também com a alimentação; vários problemas de saúde podem ser combatidos pelo exercício físico, mas exigem outras mudanças de hábitos, como parar de fumar, por exemplo. Assim, a atividade física deve ser combinada com outras atividades, caso contrário, se tornará mais custosa, o que pode influenciar na motivação - e na ansiedade.Isso leva a um segundo ponto: independente do motivo, a atividade praticada é prazerosa? Hoje, dispomos de muitas modalidades, com variados cursos e ofertas, que podem ser experimentados. Quando a prática de qualquer atividade, física ou não, não é prazerosa, tendemos a querer evitá-la de alguma forma, que pode ser tanto deixar de ir à academia, por exemplo, quanto se dedicar menos à musculação, o que interfere no resultado - o que afeta negativamente a motivação, especialmente para aqueles que buscam ganhos estéticos. Além disso, engajar-se em atividades das quais não se gosta tem um custo emocional maior, o que pode deixar o praticante mais ansioso. Por outro lado, atividades prazerosas geram maior sensação de bem estar pela própria prática, sendo consequentes os ganhos em saúde, estética e socialização, o que significa, também, menor preocupação com esses aspectos - é a diferença entre querer faltar da aula de ginástica, mas contar as horas para jogar vôlei, ou vice versa.Por fim, o terceiro ponto relacionado a atividade física e ansiedade diz respeito às metas: elas estão adequadas à realidade? Muitas pessoas decidem iniciar programas de exercícios físicos apoiadas em ilusões de ótimos resultados em curto prazo, o que pode ser bem frustrante para a maioria - e ajude a explicar o motivo de 72% das pessoas não ultrapassarem o terceiro mês na academia. Estabelecer metas que possam ser cumpridas evita sentimentos de frustração - que podem ser precedidos por sentimentos de ansiedade - e, ainda, gera a satisfação de cumpri-las. Isso pode reduzir a ansiedade relacionada ao exercício quanto a decorrente de fatores externos.Nos três casos citados, um profissional de nutrição ou educação física ou psicólogo do esporte podem contribuir. Há, porém, ainda, que se considerar, conforme citado no início a possibilidade de o sentimento de ansiedade ser devido principalmente a outros aspectos da vida. Em alguns desses casos, também como adiantado, a prática de atividades físicas pode contribuir com o tratamento, mas, como o sintoma persiste, é importante consultar um profissional - psicólogo ou psiquiatra - que possa colaborar para descobrir mais a fundo o que mantém esse sentimento e como combatê-lo.Espero ter ajudado. Caso tenha restado dúvidas, volte a escrever!
li as outras 4 respostas. Aparentemente, alguém que malha muito é um objeto agradável de discussão.Você já deve ter entendido: o vilão é a ansiedade.Quero fazer um pequeno comentário só: a sua abordagem de querer "controlar" a ansiedade não procede quando se trata de ansiedade forte e profunda. Ela tem que ser superada. A nossa mente se deixa "controlar" só em certa medida. A força das emoções é maior do que a consciência gostaria pensar.Como já foi dito nas outras respostas, as emoções se trabalham aos poucos e sempre em contato com outra pessoa, pois é assim que elas funcionam: no relacionamento, inclusive na suposta ausência de relacionamento, sempre o que age é a imaginação de relacionamento. A hipótese mais forte hoje em dia é que a pessoa com problemas como os seus sofreu de falta de amor na pequena infância. Isto é mais fácil dizer do que comprovar, pois muito comportamento de pais, avôs, irmãos etc., pode ser carinhoso mas mesmo assim carece de afeto interno, devido às próprias ansiedades destas pessoas. Só você mesm@ pode procurar se lembrar o quê sentiu quando pequen@. E precisa se lembrar para superar eventuais experiências dolorosas ou de tédio, vazio.Este trabalho é a psicoterapia profunda (não a comportamental, esta é demasiado superficial para o seu problema) e a psicanálise.Um detalhe: independentemente do significado que para você tem a musculação, não deixe de fazer exercícios aeróbicos, tais como a esteira ou a bicicleta. Principalmente a esteira, pois a corrida obriga o seu corpo de se manter na postura ativa. Você vai ganhar uma sensação mais leve do corpo. Lhe desejo boa sorte.
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