As vezes eu fasso coisas de formas estranhas, tipo fico rindo de uma coisa que eu me lembro engraçada, falo sozinha, pode ser esquizofrenia?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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FALAR SOZINHO É COMUM E PODE SER NORMAL, em certas situações. Se, após ler este artigo abaixo, tiver alguma dúvida, procure um psiquiatra especializado, ok?Bem, acho que todos nós já falou sozinho na vida, pelo menos uma vez, certo? E isso é normal, certo, mas em que situações? Eu e certamente muita gente já trocamos algumas palavras em alto e bom som, em algumas situações, não é mesmo? O mais comum é que as pessoas pensem em vez de precisarem falar consigo mesmas, mas o hábito de falar sozinho pode ser muito benéfico para a realização de algumas atividades, por exemplo, o hábito de falar sozinho é amplamente usado como técnica para estudos.Existem pessoas que conseguem memorizar melhor quando falam, ou seja, quando escutam a si mesmas para “gravar” os conteúdos que precisam saber”Verbalizar o que se está lendo ou escrevendo ajuda a construir o pensamento.Quando alguém fala pequenas frases de incentivo para si mesmo, isso também não é problema.Ainda mais comum é deixar o pensamento escapar e verbalizar o que passou pela cabeça. Com frequência, quando isso acontece, as pessoas costumam justificar dizendo: “pensei alto”.Estar sozinho e lembrar, em voz alta, uma tarefa não concluída ou ainda se queixar do trânsito do dia. As cenas são comuns, mas quem é pego num desses casos geralmente não escapa de brincadeiras com relação a sua sanidade. O flagra pode até ser motivo para ficar envergonhado, mas não para preocupação, pois o hábito de falar sozinho é natural.Na maioria das vezes, os adultos estão fazendo a sua própria releitura. Se é de forma lúcida e clara, não é negativo. Fico planejando o dia. Também desabafo quando estou irritada ou fico pensando no que deveria ter falado após uma briga conta Joe, 30 anos.Há ainda quem direcione mensagens a objetos, como uma porta onde um dedo da pessoa ficou preso. Para os especialistas, alguns fatores dirão se o ato é saudável.Se a reação for por uma situação de estresse momentânea, é normal. Mas se você acredita que o objeto (a porta) vai opinar ou se isso vira hábito, é hora de procurar ajuda profissional Crianças criam amigos antes de fase escolarNa infância, amigos imaginários são criações comuns. Fruto da criatividade e da falta de companhias para brincar, os colegas costumam “aparecer” antes da fase escolar e, principalmente, entre filhos únicos. Ver a criança falando sozinha nessa época da vida é frequente pela necessidade de se socializar. Quando ela começa a fazer amigos na escola, os imaginários somem naturalmente.Não há dúvidas, falar sozinho tornou-se parte da personalidade de muita gente. Algo que era considerado mal visto há um tempo, hoje é considerado normal por muitos. Quantas vezes, na empolgação que algo vai acontecer, as pessoas pegam-se pensando alto ou dando dicas à si mesmas para relaxar?O falar é uma necessidade do ser humano. “As pessoas precisam se comunicar. É uma necessidade natural do homem o ato de conversar, de agir socialmente”.Algumas pessoas precisam do diálogo para tomarem decisões ou mesmo para confirmarem opiniões, então, quando não há com quem dialogar, as pessoas costumam falar sozinhas ou com seres imaginários. Neste último caso, ainda há o fato de aparentemente se amenizar a solidão.Falar sozinho é normal, desde que não se torne um problema social. “Há momentos para se falar sozinho. Quando a pessoa se isola num canto para conversar consigo mesma ou ainda fica andando na rua e conversando alto pode ser sinal sim de uma patologia.Muitas pessoas acham que o fato de falar sozinho é estranho. “Tudo o que foge das convenções pode ser considerado estranho por muitos”. Falar sozinho não é o problema. A complicação acontece quando se deixa de ser alguém sociável para se guardar ao próprio universo.Falar sozinho pode deixar você mais inteligenteUma boa notícia para quem costuma travar diálogos longos e complexos entre si mesmo: isso não significa que você está ficando louco – mas essas conversas solitárias podem aumentar sua inteligência, já que aceleram o lado cognitivo do cérebro. Este foi o resultado de uma pesquisa científica realizada em clientes dentro de um supermercado. Quem lia a lista dos produtos em voz alta, conseguia se sair muito melhor e terminar de comprar tudo bem antes do grupo (eram mais velozes na compra) que lia a lista em silêncio.Recentemente um estudo publicado na Quarterly Journal of Experimental Psychology, por Gary Lupyan e Daniel Swignley, explica que falar sozinho, dizer uma palavra em voz alta, ou dar “pistas verbais” ao seu cérebro, faz com que ele trabalhe mais rápido.Quando falar sozinho é um problema?O hábito de falar sozinho é preocupante quando a pessoa não se dá conta de que está falando sozinha. “E isso passa a acontecer indiscriminadamente.A pessoa, nessa situação, desconsidera que existe o outro ao seu redor. Assim, sente-se como se estivesse realmente sozinha, negando a presença de outros.O sujeito não estabelece contato com olhar, com a voz, com os gestos com aqueles que estão ao seu redor e tem para si que está sozinho. Ou, então, a presença dos outros não é suficiente para fazer um controle destes atos.O tratamento para casos como esses é feito a partir de uma avaliação do que está acontecendo com a pessoa. “Pode ser um sintoma que se apresenta em diferentes situações. É preciso buscar um psiquiatra para a identificação dos motivos e se isto traz dificuldades e constrangimentos para a pessoa.As razões para que alguém passe a falar sozinho com frequência variam. Pessoas que abusam de substâncias psicoativas, como álcool, drogas, medicação, etc., podem ter o estado de consciência alterado.Mas o hábito pode se desenvolver sem nenhuma substância envolvida. Nesse caso, pode indicar um quadro de psicose ou de sintomas psicóticos. O psiquiatra especializado fará uma avaliação completa da pessoa.O que é esquizofrenia?A esquizofrenia é um transtorno cerebral crônico, grave e incapacitante que tem afetado a humanidade ao longo da história. Cerca de 1% da população é portadora desta enfermidade. Pessoas com este transtorno podem ouvir vozes que outras pessoas não escutam. Elas podem ter a crença de que outras pessoas lêem a sua mente, controlam seus pensamentos ou conspiram para feri-las. Isto pode aterrorizar a pessoa com a doença fazendo com qu e ela se isole ou fique extremamente agitada.As pessoas com esquizofrenia podem falar coisas sem sentido. Podem ficar sentadas por horas sem se mover ou falar. Às vezes, pessoas com esquizofrenia parecem perfeitamente bem até que começam a falar o que realmente estão pensando.Famílias e sociedade também são afetadas pela esquizofrenia. Muitas pessoas com esquizofrenia têm dificuldades em manter um emprego ou cuidar de si mesmas, tornando-se dependentes do cuidado de outros.Quais os sintomas da esquizofrenia?Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em três grandes categorias: sintomas positivos, sintomas negativos e sintomas cognitivos.Sintomas PositivosOs sintomas positivos são comportamentos psicóticos não observados em pessoas saudáveis. Pessoas com sintomas positivos geralmente perdem o contato com a realidade. Estes sintomas vêm e vão. Às vezes eles são graves e outras vezes quase imperceptíveis, dependendo se o paciente está ou não recebendo tratamento. Eles incluem:Alucinações são coisas que uma pessoa vê, ouve, cheira ou sente que ninguém mais consegue ver, ouvir, cheirar ou sentir. "Vozes" é o tipo mais comum de alucinação na esquizofrenia. Muitas pessoas com o transtorno ouvem vozes. As vozes podem falar com a pessoa sobre seu comportamento, ordenar que a pessoa faça coisas ou avisar a pessoa de possíveis perigos. Às vezes são várias vozes que falam umas com as outras. Pessoas com esquizofrenia podem ouvir vozes por muito tempo antes que a família e os amigos percebam o problema.Outros tipos de alucinações incluem ver pessoas e objetos que não existem, sentir cheiros que ninguém mais percebe e sentir coisas como "dedos invisíveis" tocando seu corpo quando não há ninguém por perto. Delíriossão falsas crenças que não fazem parte da cultura daquela pessoa e que não mudam. A pessoa continua acreditando no delírio mesmo quando outras pessoas provam que suas crenças não são verdadeiras ou lógicas. Pessoas com esquizofrenia podem ter delírios de controle, como acreditar que os vizinhos podem controlar seu comportamento por ondas magnéticas. Elas podem também acreditar que as pessoas na televisão estão mandando mensagens especiais para elas, ou que as estações de ràdio estão transmitindo seus pensamentos para os outros. Às vezes eles acreditam que são outra pessoa, como uma figura histórica importante. Elas podem ter delírios paranóides e acreditar que os outros estão tentando feri-las, como por trapaças, assédio, envenenamento, espionagem ou conspirando contra elas ou contra seus entes queridos. Essas crenças são chamadas de "delírios persecutórios".Transtornos do pensamento são maneiras não usuais e disfuncionais de pensar. Uma forma de transtorno do pensamento é o "pensamento desorganizado." Isto se dá quando a pessoa tem dificuldades para organizar seus pensamentos ou conectá-los de maneira lógica. Eles podem falar de uma maneira confusa que é difícil de entender. Outra forma é chamada de "bloqueio do pensamento." Isto ocorre quando uma pessoa para de falar abruptamente no meio de um pensamento. Quando perguntada por que parou de falar, a pessoa pode dizer que sentiu como se alguém tivesse tirado o pensamento de sua cabeça. Finalmente, uma pessoa com transtorno do pensamento pode inventar palavras sem sentido, chamado de "neologismos."Sintomas NegativosOs sintomas negativos são associados a rupturas com os comportamentos e emoções normais. Estes sintomas são mais difíceis de reconhecer como parte do transtorno e podem ser confundidos com depressão ou outras condições. Estes sintomas incluem os seguintes: "Embotamento afetivo" (a face da pessoa não se move ou ela fala com uma voz monótona sem expressar emoções) Ausência de prazer no dia-a-dia Ausência de capacidade em iniciar ou manter atividades planejadas Falar pouco, mesmo quando forçado a interagir.Pessoas com sintomas negativos necessitam ajuda com as tarefas da vida diária. Frequentemente negligenciam a higiene pessoal básica. Isto pode fazer com que pareçam preguiçosos ou que não querem ajudar a si mesmos, mas estes problemas na verdade são sintomas causados pela esquizofrenia.Sintomas CognitivosOs sintomas cognitivos são muito sutis. Como os sintomas negativos, os sintomas cognitivos podem ser difíceis de reconhecer como parte da doença. Frequentemente eles só são detectados quando são feitos testes para isso. Os sintomas cognitivos incluem os seguintes: "Funcionamento executivo" pobre (a habilidade de entender informações e usá-las para tomar decisões) Problemas para focar ou prestar atenção Problemas com a "memória de trabalho" (a habilidade de usar informações imediatamente após ter aprendido).Os sintomas cognitivos muitas vezes fazem com que seja difícil levar uma vida normal ou ganhar a vida com trabalho. Eles podem causar um grande sofrimento emocional.Quando a esquizofrenia começa e quem pode ser acometido?A esquizofrenia acomete homens e mulheres igualmente. Ela ocorre em taxas semelhantes em todos os grupos étnicos no mundo. Sintomas como alucinações e delírios geralmente aparecem entre os 16 e 30 anos de idade. Os homens tendem a manifestar os sintomas um pouco mais cedo que as mulheres. Na maioria das vezes, a esquizofrenia não começa depois dos 45 anos. A esquizofrenia raramente ocorre em crianças, mas a atenção para as esquizofrenias de início na infância pois elas tem aumentado.Expressão das emoções:O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidianoAlterações de comportamento:Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.
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