Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iComo detectar
Às vezes elas se instalam de forma silenciosa. É fundamental estar atento pois podem ser tratadas e curadas quando detectadas precocemente. De acordo com os Indicadores de Fragilização na Velhice para o Estabelecimento de Medidas Preventivas, da profa. Yeda Aparecida de Oliveira Duarte (2006) devem ser observados cinco pontos:
1: Caminhar mais lento, passos menores, diminuição do equilíbrio
2: Perda do apetite e ou de peso (cerca de 5% em um ano)
3: Fadiga constante, ficar parado a maior parte do tempo 4: Diminuição da força muscular
5:Perda de interesse pelas atividades diárias, humor variável
Vitalidade emocional e mental
A saúde emocional e mental está intimamente relacionada à saúde física, já que a mente tem grande poder sobre o corpo. O estado físico também afeta o modo como nos sentimos e agimos. Por isso, o convívio social pode fazer grande diferença na forma como você se sente. Com o passar dos anos, é natural que você deixe de fazer algumas atividades. O importante é não ficar sem fazer nada e sim substituir as atividades. Se você corria e não tem mais pique para isso, busque outras formas de se exercitar: caminhe, ande de bicicleta, nade.
Atividade física: proteja e melhore sua saúde emocional e cognitiva através de exercícios físicos regulares. Enquanto a prática de exercícios produz mudanças químicas no corpo que melhoram o humor e o estado geral das pessoas, o sedentarismo pode trazer ou ampliar problemas como depressão, ansiedade e estresse.
Atividade social: mantenha com tanto com amigos e familiares. Procure sair de casa e fazer programas prazerosos com quem você gosta. Pessoas que têm uma boa rede de amigos e um convívio social ativo têm mais chances de terem sucesso quando passam por um problema de saúde do que aquelas que vivem isoladas.
Atividade mental: proteja ou melhore sua memória e inteligência
Desafie sua inteligência diariamente. Leia, aprenda a tocar um instrumento ou a falar uma nova língua, faça palavras cruzadas, monte quebra-cabeças, jogue jogos de estratégia com seus amigos. Assim como o corpo, o cérebro precisa se manter ativo
Ajude sua memória. Escreva datas, nomes e outras informações importantes que você geralmente esquece. Coloque seus itens de uso diário, como óculos e chaves, sempre no mesmo local. Quando aprender um novo nome, repita-o para fixá-lo em sua memória
Previna o aparecimento da depressão. Faça exercícios físicos e mantenha o convívio social
Não fume
Saiba quando se preocupar com a perda de memória
Fala-se que a perda de memória é a segunda coisa que acontece quando ficamos velhos. Qual a primeira: Hum, esqueci! A piada é boba, mas é realmente comum que os idosos tenham mais dificuldade em memorizar e se lembrar de coisas, embora esse problema possa atingir também pessoas mais jovens.
Especialistas dizem que a perda de memória é algo extremamente normal, especialmente em idosos. Se você esquece coisas simples, isso não significa necessariamente, por exemplo, que você está desenvolvendo o mal de Alzheimer. Assim como você, inúmeras pessoas perdem a chave do carro ou da casa, não se lembram em que vaga do estacionamento do shopping pararam seus carros e também esquecem o nome de pessoas às quais acabaram de ser apresentadas.
Memória é a habilidade para se lembrar normalmente de fatos e eventos em nossas vidas e ela acontece em três estágios?
1º: Codificação. É quando a pessoa recebe a informação.
2º: Consolidação. Quando o cérebro pega a informação recebida, processa e armazena em alguma de suas partes.
3º: Recuperação. Estágio no qual a pessoa busca aquela informação armazenada.
Ainda que alguns lapsos de memória sejam considerados naturais pelos médicos, é preciso checar a a condição de cada pessoa, já que esse tipo de perda de memória do dia-a-dia é o mesmo que acontece nos estágios iniciais do mal de Alzheimer.
Tempo: o pior inimigo da memória
Medo de tudo e perda de memória são acontecimentos que fazem parte de ficar velho. A perda de memória, contudo, pode começar bem antes dos cinqüenta anos. A memória é traiçoeira e pode faltar mesmo quanto somos jovens. De fato, assim que ouvimos uma informação e tentamos retê-la, a memória já passa a se deteriorar. É preciso estar sempre alerta, porque não é fácil se lembrar da grande quantidade de informações à qual temos acesso hoje em dia. Se o esquecimento for mais sério e a pessoa não se lembrar, por exemplo, de ter conhecido alguém, são grandes as chances de ela estar desenvolvendo o mal de Alzheimer.
Memória: use-a ou perca-a
Por mais que lapsos de memória possam ser considerados normais, a verdade é que ninguém gostar de passar por essas situações. Especialistas concordam que a melhor maneira de manter o cérebro em forma é exercitá-lo sempre. Fazer atividades que exigem o uso do cérebro, reduzir o estresse, praticar exercícios físicos e ter uma dieta saudável ajudam a manter sua memória e capacidade de raciocínio apuradas.
Algumas coisas que podem ajudar a aprimorar a memória:
Foque sua atenção: esquecimento pode indicar que você tem muita coisa em sua cabeça. Reduza o ritmo e foque em uma coisa por vez
Reduza o estresse: estresse pode pôr em risco áreas do cérebro responsáveis pelo processo de memorização e concentração
Durma bem: uma boa noite de sono é importante porque a fadiga por alterar o poder de memorização
Quando procurar um médico?
O mal de Alzheimer é uma doença progressiva que afeta as áreas do cérebro relacionadas à memória, inteligência, julgamento, fala e comportamento. Enquanto não é uma forma precisa de localizar o dano que a doença causa no cérebro, existem algumas formas de diagnosticar se a perda de memória é algo normal ou se está relacionada à doença. Para os médicos, esquecimentos normais são:
Esquecer partes de uma experiência
Esquecer onde você parou o carro
Esquecer alguns eventos do passado distante
Esquecer o nome de uma pessoa, mas se lembrar posteriormente
Esquecimentos mais sérios, inclusive os que podem ser frutos do mal de Alzheimer, incluem: Esquecer por completo uma experiência
Esquecer como dirigir um carro ou ler um relógio
Esquecer eventos recentes
Esquecer que conheceu uma pessoa
Confusão mental
Progressão dos sintomas acima citados
Outras causas de perda de memória:
Se você pensa que seus esquecimentos não são tão normais assim, pode ser que você tenha algum dos problemas abaixo:
Estresse e ansiedade
Transtorno de déficit de atenção por atividade
Depressão
Alcoolismo
Falta de vitamina B12
Infecções
Use drogas (ilegais ou prescritas)
A boa notícia é que a perda de memória associada a alguma dessas condições é quase sempre temporária e reversível.
Distúrbios do sono
Mais da metade dos homens e mulheres com mais de 65 anos reclamam de algum problema relacionado ao sono. Muitos idosos sofrem de insônia com freqüência. Conforme ficamos mais velhos, nossos padrões de sono se modificam. Em geral, pessoas idosas dormem menos, têm o sono mais descontínuo e passam menos tempo nos estágios de sono profundo e de sonho do que pessoas mais jovens. No entanto, independentemente da sua idade, uma boa noite de sono é essencial para renovar as energias e fazer com que o corpo e a mente estejam equilibrados.
O que causa as desordens do sono em idosos?
Uma série de fatores pode contribuir para isso. As causas mais comuns são: Hábitos pobres de sono: padrões irregulares de sono e vigília. Consumir álcool antes de dormir pode aumentar o tempo de vigília e dificultar o sono. Dormir durante a tarde pode ter o mesmo efeito negativo
Doenças: certas moléstias crônicas são comuns em pessoas idosas e podem trazer maior dificuldade de se pegar no sono e de se ter uma boa noite de descanso
Medicações: alguns remédios, principalmente aqueles que têm princípios estimulantes, podem dificultar o sono e levar à insônia
Distúrbios psiquiátricos e problemas psicológicos: a velhice é caracterizada por uma série de diferentes eventos, alguns deles positivos, outros negativos. Por conta disso, algumas pessoas idosas passam por dificuldades psicológicas ou por desordens psiquiátricas que afetam a qualidade e a quantidade de sono. Mudanças ou acontecimentos como a morte de um ente querido, mudança para um asilo ou limitações físicas podem causar estresse e dificuldades para dormir
Doenças do sono: apnéia, síndrome das pernas inquietas e desordem do comportamento do sono REM, podem estar associadas à velhice em alguns casos
Aposentadoria: é comum que as pessoas aposentadas façam menos atividades em seu dia e isso pode levar a um padrão irregular de sono e vigília e a problemas crônicos de sono. Muitas vezes a pessoa inverte o horário de dormir, ou dorme durante a tarde e depois tem dificuldade em pegar no sono à noite
Você está dormindo o suficiente?
Cada pessoa tem uma relação específica com o sono. Alguns precisam de oito, dez horas de sono para se sentirem renovados. Outros ficam satisfeitos com cinco, seis horas de sono. Pode ser que você esteja dormindo menos tempo do que quando era mais jovem. Mas, se você sente-se descansado e com energia durante o dia, pode ser que agora o seu corpo precise de menos tempo dormindo para se restabelecer. Se você, no entanto, notar que tem dormindo pouco e que isso está afetando suas atividades diárias, converse com seu médico.
Saúde dos olhos: catarata
Catarata é uma doença que atinge o cristalino do olho, estrutura que serve como uma lente para enxergarmos. A catarata faz com que o cristalino fique opaco e a visão seja prejudicada.
O que causa a catarata?
Os olhos têm um funcionamento muito parecido com o de uma câmera fotográfica. Os raios de luz entram pela frente do olho, passam pela córnea, pela pupila e pelo humor aquoso um fluido transparente até chegar ao cristalino. Ele então direciona os raios de luz para focar o objeto que está sendo visto em direção à retina, que fica na parte de trás do olho. Dali, a retina, o nervo ótico e o cérebro processam as imagens e formam a visão. A catarata acontece quando há um acúmulo de proteína no cristalino que faz com que ele fique embaçado. Isso faz com que a luz não passe mais por essa espécie de lente como antes e causa problemas na visão, como falta de nitidez. Não se sabe, porém, o que causa o acúmulo de proteína nessa estrutura do olho.
Os tipos de catarata são:
Senil: aparece em idosos
Congênita: alguns bebês já nascem com a doença, decorrente de uma infecção que tiveram quando ainda estavam na barriga da mãe. Se a grávida contrair rubéola ou toxoplasmose, as chances do bebê nascer com catarata são maiores
Secundária: acontece como resultado de doenças, medicações (uso de corticóides e diuréticos por longos períodos) e exposição prolongada a substâncias tóxicas
Traumática
Do diabético: inicia-se em jovens com diabetes e se acentua com o passar dos anos. A perda visual é mais rápida do que na catarata senil Fumar, consumir muito álcool e estar em contato permanente com ambientes poluídos também pode levar à catarata.
Quais os sintomas?
Visão embaçada
Miopia repentina
Mudanças na visão das cores, especialmente a amarela
Problemas para dirigir à noite
Visão dupla
Incômodo com a claridade
Como diagnosticar a doença?
Uma série de testes será feita pelo seu oftalmologista. Um exame para ver como está sua visão será necessário. É possível também que ele dilate sua pupila para examinar de forma mais profunda as condições de seu olho e analisar, inclusive, o estado do cristalino.
Como tratar a catarata?
Os exames clínicos ajudaram seu médico a determinar como a catarata afetou sua visão. Se a visão ainda está aceitável, óculos, com lentes bifocais, deverão ser prescritos e eliminarão a necessidade de cirurgia nesse momento. Se a perda de visão for muito grande e continuar mesmo com o uso de óculos, você pode começar a pensar em uma cirurgia para curar a catarata. O médico removerá o cristalino danificado e o substituirá por um de plástico.
É possível prevenir a catarata?
Como a causa da doença é desconhecida (do acúmulo de proteína no cristalino) não há um método de prevenção que tenha se mostrado realmente eficaz. O ideal é que você visite seu oftalmologista anualmente. Assim, se tiver algum problema de visão, ele poderá ser tratado no início, o que reduzirá os efeitos negativos da doença.
Depressão na velhice
Depressão na terceira idade é algo muito comum, ainda que não seja um processo natural do envelhecimento. Muitos idosos não são diagnosticados com depressão, porque seus sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças que aparecem nessa fase da vida.
Quais as diferenças entre a depressão que atinge jovens e a que atinge idosos?
A depressão em pessoas mais velhas freqüentemente coexiste com outras doenças. Além disso, o avanço da idade é geralmente acompanhado de perda de pessoas chaves da vida dos idosos como esposas, maridos, irmãos, pais. Muitas pessoas também se mudam de casa ou passam a morar em clínicas. Como é normal esperar que os idosos reduzam seu ritmo de vida e passem a fazer menos atividades e a terem menos interesse, médicos e familiares podem deixar passar uma doença psiquiátrica mais séria, como a depressão.
Essa doença tende a durar mais em idosos. A depressão também dobra os riscos de eles terem problemas cardíacos e reduz a capacidade de se recuperar de doenças. Idosos com depressão também correm mais risco de suicidar-se do que jovens adultos e adolescentes. Por isso é importante ter certeza de que o idoso está tendo o tratamento correto.
Quais os fatores de risco para depressão em idosos?
Alguns fatores que aumentam o risco de depressão nessa idade:
Ser mulher
Ser separado (a)
Passar por eventos estressantes
Ter doenças como: hipertensão, fibrilação arterial, diabetes, câncer
Morar sozinho ou estar socialmente isolado
Ter alguma dor crônica ou aguda
Ter muito medo da morte
Pessoas que desenvolvem o primeiro episódio de depressão na velhice quase sempre apresentam pequenas áreas anormais no cérebro com minúsculas manchas que podem indicar que aquela parte do cérebro não está recebendo a quantidade suficiente de sangue. Isso pode aumentar as chances de se ter depressão, ainda que a pessoa não apresente nenhum dos sintomas acima mencionados.
Quais os tipos de tratamento para depressão em idosos?
Medicamentos antidepressivos: a maior parte dos antidepressivos age de forma igual em adultos mais jovens e em idosos. O problema é que os riscos de efeitos colaterais são maiores nos mais velhos. Também é comum que eles demorem mais tempo para fazer efeito e, como os idosos também são mais sensíveis, o médico provavelmente começará o tratamento com doses menores de remédio.
Psicoterapia: boa parte das pessoas depressivas acredita que a ajuda de familiares e amigos, o envolvimento com grupos de apoio e psicoterapia podem ser muito úteis. A psicoterapia é uma ótima opção para os pacientes que não querem tomar remédios ou que não podem fazê-lo devido aos efeitos colaterais.
Terapia eletroconvulsiva: é uma forma de tratamento utilizada nos casos de depressão profunda. Como alguns idosos também não podem tomar remédios tradicionais como antidepressivos, o médico pode indicar esse tipo de tratamento. Essa terapia causa uma convulsão generalizada no sistema nervoso central por meio de corrente elétrica.