Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iO sangue é um tecido vivo que circula por todo o nosso corpo, sendo responsável por levar oxigênio e nutrientes às células. Por isso, sem ele, não há vida - nem a salvação dela. A doação de sangue, portanto, é mais do que um gesto de solidariedade e cidadania: é garantia de sobrevivência para muitas pessoas, todos os dias.
O sangue coletado pode ajudar em intervenções médicas urgentes de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes e procedimentos oncológicos, além de ser imprescindível para pacientes com doenças crônicas graves, como a Doença Falciforme e a Talassemia, garantido que eles vivam por mais tempo e com qualidade.
Apesar de ser tão importante, o ato de doar sangue ainda não é uma prioridade entre a população. Mais do que isso: poucos são aqueles que se dispõem a doar regularmente, hábito que é fundamental para manter os estoques dos bancos de sangue abastecidos para situações de emergência, calamidades e tratamentos e internações de longos períodos.
Por isso, mais do que nunca, é o momento de desmistificar alguns temores e crenças em relação à doação de sangue que ainda limitam o acesso da população ao gesto voluntário. Veja, na lista abaixo, o que é verdade e o que é mentira sobre a doação de sangue e como abraçar essa causa:
Saiba mais: Doação de sangue: requisitos, como e onde doar
Doar sangue pode salvar mais de uma vida
Verdade! Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue circulando no corpo. Desse total, apenas 450 mL são retirados em uma doação. Após a coleta, a bolsa de sangue é separada em componentes sanguíneos (concentrado de hemácias, plaquetas e plasma) e são realizados exames laboratoriais para identificar a presença de alguma doença. Se estiver tudo bem, os componentes são liberados e podem ser usados em até quatro pessoas.
É comum contrair alguma doença
Falso! Os bancos de sangue possuem um padrão muito alto de controle do sangue colhido e dos componentes destinados à transfusão. Também existem critérios muito bem definidos para a doação de sangue, e o doador é questionado sobre uma possível exposição a situações de risco para doenças transmissíveis por transfusão. Por fim, todo o material utilizado durante a coleta é esterilizado e descartável, o que afasta qualquer risco.
Saiba mais: Como e por que doar sangue durante a pandemia do coronavírus
O organismo repõe o sangue rapidamente
Verdade! Doar sangue não te deixa mais fraco ou vulnerável por muito tempo. Como comentamos anteriormente, apenas 450 mL de sangue são coletados durante a doação - de um total de 5 litros que uma pessoa adulta possui. Este volume é reposto em 24h pelo próprio organismo, naturalmente. Após a doação, é importante apenas seguir algumas orientações de saúde básicas, como:
- Permanecer no banco de sangue por mais 15 minutos
- Manter o curativo por pelo menos 4 horas
- Não ingerir bebidas alcoólicas
- Não fumar por 2 horas
- Evitar esforço físico exagerado por 12 horas
- Beber bastante líquido.
Não há nenhum impedimento para doar
Falso! Há alguns impedimentos temporários para quem deseja se tornar doador sangue. São eles: gripe, resfriado e febre; período gestacional; período pós-gravidez; amamentação; ingestão de bebida alcoólica; exames e procedimentos com utilização de endoscópio; exposição a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis; vacina da febre amarela ou sarampo e tratamento dentário cirúrgico. Para cada um desses impedimentos temporários, há um período de segurança que o doador deve aguardar. Acesse aqui para saber mais.
É preciso fazer jejum antes da doação de sangue
Falso! Não é preciso fazer jejum prolongado antes de doar sangue - na verdade, a recomendação é que o doador não enfrente a coleta de estômago vazio. O ideal, portanto, é fazer uma alimentação leve (sem comidas muito gordurosas) até 3h antes da coleta e estar devidamente descansado, para evitar qualquer adversidade.
Gripes e resfriados impossibilitam a doação
Verdade! Quem estiver com os vírus que causam gripes e resfriados no organismo deve aguardar até que os sintomas cessem completamente. Assim que notar a melhora, basta esperar sete dias e buscar o hemocentro mais próximo. Já no caso de outras doenças, como a dengue e dengue hemorrágica, o intervalo de espera é maior: 30 dias e 6 meses, respectivamente. Após o período, a doação pode ocorrer normalmente.
Quem fuma não pode doar sangue
Falso! Fumantes não estão proibidos de doar sangue. O único cuidado, segundo o Ministério da Saúde, é permanecer um intervalo sem fumar de pelo menos 2h antes e após a doação.
Doar sangue é muito rápido e indolor
Verdade! Muitas pessoas têm medo de investir em um ato tão solidário e importante como a doação de sangue por conta de mitos e lendas que, na prática, estão longe de ser verdade. Um deles diz respeito à dor: ao contrário do que se pensa, doar sangue não dói. O máximo que você pode sentir é um pouco de desconforto no momento da perfuração da agulha, que logo passa. O tempo da coleta também é curto, durando em torno de 10 minutos.
Quem pode doar?
Viu só como é simples e rápido se tornar um doador de sangue? Lembre-se: esse é um gesto voluntário, gratuito e que não oferece nenhum prejuízo à saúde, podendo salvar milhares de vidas todos os dias. Basta verificar se você atende aos critérios de doação e buscar o hemocentro mais próximo para se juntar a essa causa que é tão importante. Veja abaixo quais são os critérios para doar:
- Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal)
- Pesar no mínimo 50 kg
- Estar alimentado e não ingerir alimentos gordurosos antes da doação
- Ter dormido pelo menos 6h nas últimas 24h
- Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial.
Para saber mais, acesse a página da Campanha Nacional de Doação de Sangue do Ministério da Saúde.